Ilustração: terroristas da Jihad Islâmica Palestina em Gaza (Shutterstock) Ilustração: terroristas da Jihad Islâmica Palestina em Gaza (Shutterstock)

Crise de legitimidade da Autoridade Palestina transformou cidades como Jenin e Nablus em redutos do terrorismo.


Por  David Aghiarian, Unidos com Israel

Jerusalém, 06/02/2023

 

A mídia palestina divulgou neste domingo (5) que as Forças de Defesa de Israel, IDF na sigla em inglês, detiveram o sheik Khader Adnan de 44 anos. Um dos líderes ideológicos e símbolos da Jihad Islâmica Palestina, Adnan foi preso em sua casa, na aldeia de Arrabet Jenin.

Conhecido por ser um dos primeiros terroristas a usar a greve de fome como estratégia para chamar a atenção da comunidade internacional e pressionar Israel, Khader Adnan é chamado de “o guerreiro do estômago vazio”. Ele já foi detido diversas vezes, chegou a passar 7 anos preso e após um longo período de greve de fome foi solto em 2012 por uma decisão da Suprema Corte de Israel.

Em 2015, durante uma de suas prisões, Khader Adnan fez uma greve de fome que durou 66 dias, até ser novamente solto pela Suprema Corte de Israel.

Em nota, o Porta-voz do IDF disse em um comunicado divulgado neste domingo que 7 suspeitos haviam sido detidos em operações contraterrorismo das forças de segurança e defesa de Israel na Judéia e Samaria.

Além de Adnan, um outro importante integrante da Jihad Islâmica Palestina identificado como Khaled Gawadreh também foi preso.

Em um comunicado, a Jihad Islâmica Palestina condenou a prisão de Khader Adnan e Khaled Gawadreh. De acordo com o grupo terrorista, a prisão de seus “líderes e combatentes” é uma “miserável tentativa sionista” de abalar o ânimo, firmeza e a determinação “dos nossos guerreiros”.

“A prisão do Sheikh Adnan e do líder Gawadreh é uma reflexão da dimensão da confusão e pressão que assombra o governo de ocupação fascista”, diz o comunicado da Jihad Islâmica Palestina.

 

Jenin

 

Jenin é a terceira maior cidade da Zona A e deveria ser controlada pela Autoridade Palestina, para efeitos políticos e de segurança. Isto, de acordo com os termos do Acordo de Oslo. Na prática, isto não acontece.

Desde 2005 como líder do Fatah e Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na prática um ditador, vem perdendo a confiança do povo palestino. Sem legitimidade, seu governo e forças de segurança enfrentam a desconfiança da população e vêm os jovens aproximando-se cada mais vez de grupos ainda mais radicais.

A crise enfrentada pela Autoridade Palestina vem criando um vácuo de poder e cidades antes controladas por Mahmoud Abbas e cia., hoje estão, de fato, nas mãos de grupos como o Hamas, a Jihad Islâmica Palestina e até braços rebeldes do próprio Fatah, como a Brigada dos Mártires da Al-Aqsa.

Entre estas cidades estão Nablus e Jenin, que nos últimos anos tornaram-se antros do terrorismo palestino e de onde partem a maioria dos atentados contra alvos israelenses.