Com o anúncio, o Sudão tornou-se o terceiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel em pouco mais de dois meses mas acordo deverá ser submetido ao Conselho Soberano do país.


Por David Aghiarian, Unidos Com Israel

Tel Aviv, 24/10/2020

 

Há pouco mais de dois meses, o dia 13 de agosto deste ano, entrou para a história como a data em que os Emirados Árabes Unidos chegaram a um acordo de paz com o Estado de Israel. Aproximadamente um mês depois, no dia 11 de setembro, o Reino do Bahrein fez o mesmo e anunciou a normalização de suas relações com Jerusalém. A data de hoje, 23 de outubro de 2020, também ficará marcado em nossas mentes como o dia em que mais um país árabe, o Sudão, chegou a um acordo de paz com o Estado de Israel.

O anúncio, como os demais mediados pela administração do presidente Donald Trump, foi feito durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca. Minutos antes, Trump havia selado o acordo de paz entre Israel e o Sudão através de um telefone, uma conferência na realidade, na qual participaram além do presidente americano, o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o premier sudanês, Abdallah Hamdok, e o Chefe do Conselho de Transição sudanês, Abdel Fattah al-Burham.

“Israel e o Sudão concordaram com a paz e com normalização de suas relações. Este é um dos grandes dias na história do Sudão”, disse Trump para os jornalistas.

Ao telefone, Netanyahu disse para os jornalistas que nestes momentos estamos observando “a história sendo feita” enquanto a cada dia que passa, mais países se unem, “rapidamente”, ao que ele chamou de “círculo de paz”.

“Eles estão escolhendo um futuro no qual árabes e israelenses, muçulmanos, judeus e cristãos possam viver juntos, orar juntos e sonhar juntos, lado a lado, em harmonia, comunidade e paz”, disse o presidente Donald Trump através de uma nota divulgada pela Casa Branca.

Através de um comunicado televisionado pela TV estatal do Sudão, o Ministro das Relações Exteriores, Omar Gamareldin, disse que o acordo que normalizará as relações entre Jerusalém e Cartum coloca um “fim a décadas de hostilidades”. Ele ainda deixou claro, que depois de ser discutido, o acordo de paz com Israel deverá ser aprovado pelo Conselho Soberano do Sudão.

“O acordo sobre a normalização com Israel será decidido após a conclusão das instituições constitucionais por meio da formação do conselho legislativo”, disse o ministro das Relações Exteriores do Sudão, Omar Gamareldin.

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