Benjamin Netanyahu divulgou neste sábado novas medidas para tentar conter a proliferação do coronavírus. Israel já registra 200 casos de COVID19.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Em uma coletiva de imprensa realizada pouco após às 21h deste sábado em Jerusalém, o Primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, anunciou que o governo israelense adotará novas medidas para conter a proliferação do Coronavírus.
Após obrigar todos aqueles que chegam ao país a cumprir um período de 14 dias de quarentena e suspender as aulas em escolas e universidades Benjamin Netanyahu determinou o fechamento de jardins de infância, shoppings centers, restaurantes, bares, academias de ginástica, teatros, cinemas e demais estabelecimentos comerciais voltados ao entretenimento.
Supermercados, farmácias, bancos, caixas eletrônicos e o transporte público continuarão funcionando normalmente e as autoridades pediram que os israelenses tenham calma e não corram para os supermercados. “Há estoques de mercadorias para meses e o abastecimento não será afetado”, disse Netanyahu.
“Estamos em guerra. Estamos em guerra contra um inimigo invisível, mas estamos em guerra”, disse o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Segundo ele, os israelenses terão que se adaptar “a uma nova realidade”, por enquanto “pelas próximas semanas”. As medidas adotadas pelo governo israelense até o momento, são atemporais e não tem uma data prevista para serem suspensas. De acordo com o Ministério das Educação, em um primeiro momento, as aulas foram suspendidas até após a Páscoa judaica em meados de abril.
Além de decretar o fechamento de parte do comércio, as novas medidas do governo israelense para tentar frear a cadeia de transmissão do coronavírus proíbem também a aglomeração de mais de 10 pessoas em locais públicos e exigem uma distância de pelo menos 2 metros entre as pessoas.
Com 200 casos confirmados do novo COVID19, Benjamin Netanyahu disse que a situação de Israel não é a melhor entre os países do mundo, mas que “está entre as melhores, graças as medidas adotadas pelo governo e pela disciplina da população.”
Até agora, a grande maioria dos casos de coronavírus confirmados em Israel são de pessoas que chegaram ao país vindas do exterior nas últimas duas semanas, em especial de países como a Itália, Áustria e a Espanha. Com a economia e a moeda fortes, a curta distância com a Europa e o feriado provocado pelas eleições no último dia 2 de março, milhares de israelenses viajaram para o exterior e regressaram nas últimas duas semanas ao país.
“Estas medidas têm por objetivo acabar com a cadeia de transmissão da doença e garantir que nosso sistema de saúde possa suprir a demanda”, disse Benjamin Netanyahu. Segundo ele, a meta do governo israelense é “puramente salvar vidas”.