Com 39 casos confirmados de coronavírus, Israel fecha as portas para turistas de 15 países. Voos foram cancelados e mais de 26.000 pessoas estão em quarentena.

Unidos com Israel

O governo israelense tomou medidas drásticas para tentar minimizar a proliferação do coronavírus (COVID19) no país. De acordo com o Ministério da Saúde, Israel já tem 39 casos confirmados, e a maioria dos doentes são cidadãos que voltaram de viagens ao exterior.

Entre as medidas adotadas até agora pelas autoridades israelenses estão o fechamento das fronteiras para estrangeiros que estiverem em 15 países considerados como “áreas de risco”. Entre estes países, estão a China, Itália, Japão, Coréia do Sul, Áustria, França, Espanha e mais.

Mas esta medida não fecha completamente as portas para estrangeiros. Mesmo os turistas que estiveram nestes países são admitidos em Israel se comprovarem que têm um lugar adequado para cumprir um período de quarentena. Além disso, pessoas que apenas fizeram escalas nestes países, mas nunca deixaram os aeroportos também podem entrar em Israel.

Esta medida das autoridades israelense fez com que milhares de voos fossem cancelados. Cias. aéreas como Lufthansa, Alitalia, Air France e Swiss Air já suspenderam os voos para Tel Aviv até meados do mês que vem.

 

26.561 israelenses de quarentena

Segundo as normas impostas pelo Ministério da Saúde de Israel, todos os cidadãos israelenses que estiveram em países listados como “áreas de risco” nas últimas três semanas devem cumprir um período de quarentena de 14 dias. Esta pode ser uma das medidas mais drásticas adotadas pelo governo israelense para tentar controlar a proliferação do coronavírus até agora.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Israel, 26.561 pessoas cumprem até agora, o período de confinamento residencial e quarentena imposto pelas autoridades.

 

A cada novo caso confirmado, mais pessoas em confinamento

Além dos israelenses que chegam a Israel, todas aquelas pessoas que tiveram qualquer tipo de contato com um dos doentes infectados pelo coronavírus também estão sendo obrigadas ao período de 14 dias de confinamento e quarentena.

A cada novo caso de coronavírus confirmado pelo Ministério da Saúde de Israel, agentes investigam os passos das pessoas infectadas até encontrar a fonte da contaminação. Até agora, a maioria dos casos são de israelenses que voltaram do exterior, mas existem também aqueles que foram expostos ao vírus em Israel.

A todo momento, o Ministério da Saúde divulga os resultados destas investigações. Estes resultados contém os exatos locais e horários por onde passaram cada um dos doentes dentro do território israelense. A cada novo caso, todas as pessoas que tiveram algum tipo de contato, ou estiveram em uma mesma loja, por exemplo, no mesmo horário que um dos infectados pelo COVID19 está sendo obrigada a cumprir o período de 14 dias de confinamento e quarentena.

 

Festas de Purim canceladas e proibição de grandes eventos

Além de proibir a entrada de estrangeiros e de tentar colocar em quarentena todas aquelas pessoas que possam haver estado expostas ao coronavírus, o governo israelense tomou mais medidas para barrar a proliferação da doença.

No momento, até segunda ordem, eventos com expectativa de público de mais de 5.000 pessoas foram cancelados e até as tradicionais festas de Purim foram canceladas em várias localidades.

Além disso, o Ministro da Fazenda de Israel em um pronunciamento, pediu que todas as pessoas que podem trabalhar de suas casas o façam. Assim, diversas empresas em Israel liberaram seus funcionários da obrigatoriedade de irem todos os dias ao escritório e passaram a deixar que estes trabalhem de suas casas.

Com estas medidas, o governo israelense espera conter a proliferação do coronavírus no país. Ontem, pela primeira vez, o Premier israelense Benjamin Netanyahu chamou a atual situação do COVID19 em Israel de uma epidemia e disse que se necessário, o governo irá anunciar novas medidas para tentar minimizar o número de doentes no país.