“O Irã e o Hezbollah colocam em risco a estabilidade do Oriente Médio e a possibilidade de se alcançar a paz na região”, disse Gabi Ashkenazi, Ministro das Relações Exteriores de Israel.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Telo Aviv, 20/04/2021

 

Os Ministros das Relações Exteriores do Chipre, Grécia, Israel e Emirados Árabes Unidos se reuniram pela primeira vez no último final de semana. Isto, a convite do governo cipriota e graças ao estabelecimento dos Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, além do Bahrein, Sudão e Marrocos.

Estiveram presentes no encontro na cidade costeira de Pafos, no Chipre, o chanceler de Israel, Gabi Ashkenazi, o chanceler grego, Nikos Dendias, o cipriota, Nikos Christoulides, e o Assessor para Assuntos Diplomáticos do Presidente dos Emirados Árabes Unidos e ex-chanceler, Dr. Anwar Gargash. Este último, representou o Ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes, Sheik Abdullah bin Zayed Al Nahyan, que devido a um imprevisto não pode viajar ao Chipre e participou das conferências por videoconferência.

Durante o Fórum de Pafos foram debatidas oportunidades de cooperação entre as nações nas áreas da energia, turismo e combate ao coronavírus. Discutiu-se também o estabelecimento do que foi chamado de “corredores verdes” entre os países, uma ligação rápida e direta, para ser usada em casos de emergência e calamidades.

“Durante os primeiros estágios dos Acordos de Abraão, havíamos falado sobre a possibilidade de trazer prosperidade e estabilidade à região e de que isto se espalharia para todo o Oriente Médio. Agora, estamos expandindo este círculo de prosperidade e estabilidade em direção ao Mediterrâneo Oriental”, disse Ashkenazi.

O chanceler israelense disse ainda que juntas as 4 nações embarcaram em direção à uma nova era. Esta, será marcada pela cooperação regional e “trará melhorias para a vida de nossos cidadãos”.

Durante uma coletiva de imprensa, Ashkenazi falou também sobre a ameaça iraniana, o que é uma preocupação para todos os países da região.

“O Irã e o Hezbollah colocam em risco a estabilidade do Oriente Médio e a possibilidade de se alcançar a paz regional. A influência do Irã, por meio de seus representantes, traz consigo destruição e instabilidade para a Síria, Líbano, Iraque e Iêmen. O Irã trabalha para obter armas nucleares e mantém seu programa de desenvolvimento de mísseis de longo alcance, o que representa uma severa ameaça à Israel e seus vizinhos. Israel está determinado a defender-se de qualquer tentativa de ferir sua soberania ou cidadãos. Faremos o que for necessário para impedir que este regime radical e antissemita adquira armas nucleares”, disse o chanceler israelense.