Entre os imigrantes que chegaram a Israel durante o ano judaico de 5782, 47% vieram da Rússia, 25% da Ucrânia e 6% dos Estados Unidos.


Por Unidos com Israel

Jerusalém, 31/10/2022

 

Diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, milhares de pessoas de origem judaica decidiram buscar abrigo no Estado Judeu e através o processo de Aliá, imigraram para Israel. Além da guerra, a crise econômica mundial e o crescimento do antissemitismo também são alguns dos fatores responsáveis pela onda de imigração para Israel que deve apenas aumentar nos próximos anos.

Aliá, ou ascensão em português, é o termo historicamente usado pelo povo judeu para definir a imigração para Israel, ou o retorno à casa. Na Torá, este termo foi usado para ilustrar a jornada dos 12 filhos do patriarca Jacob, que deixaram o Egito e mudaram-se para a Terra Prometida, Israel.

Hoje, o termo “Aliá” é usado para definir o devido processo legal de imigração de judeus, descentes e cônjuges de judeu para Israel. Este, é regulamentado pela Lei do Retorno.

Ao chegar ao Estado Judeu, os novos imigrantes recebem o status de Olim Chadashim que garante o acesso destes à cidadania, bolsas de absorção e moradia, cursos de hebraico, plano de saúde, educação gratuita e mais.

De acordo com um relatório divulgado pelo Ministério da Absorção e Imigração, quase 60.000 pessoas imigraram para Israel durante o ano judaico de 5782, que começou no dia 7 de setembro de 2021 e terminou na data de 25 de setembro de 2022.

Em seu relatório, o Ministério da Absorção e Imigração prevê ainda que 64.000 pessoas devem fazer Aliá para Israel durante o ano de 2022. Este número não é visto há 20 anos e se confirmado, será quebrado um recorde anual que vem se mantendo por 2 décadas.

Para se ter uma noção, durante os últimos 10 anos, um total de 323.000 pessoas imigraram para o Estado de Israel através do processo de Aliá.

Este seria também o ano com o maior número de imigrantes desde 1999, quando aproximadamente 76.000 pessoas imigraram para o Israel. Este número começou a cair no ano seguinte, 2.000, quando teve início a Segunda Intifada por parte dos palestinos.

Dentre os imigrantes que chegaram a Israel durante o ano judaico de 5782, cerca de 47% vieram da Rússia, 25% da Ucrânia e 6% dos Estados Unidos. Além disso, 4% dos novos Olim Chadashim vieram da França, 4% da América Latina, 2% da Etiópia e o restante chegou a Israel vindo do resto do mundo.

Entre as principais cidades escolhidas como lar pelos novos imigrantes que chegam a Israel podemos citar: Tel Aviv, Haifa, Netanya, Jerusalém, Bat Yam, Ashdod, Rishon Letzion, Askelon e Beer Sheva.