A segurança e a eficácia de uma nova dose de reforço da vacina contra o coronavírus serão determinadas por um estudo em que participarão 150 profissionais da área da saúde, cujos anticorpos obtidos após a terceira dose estão diminuindo.
Por Abigail Klein Leichman, ISRAEL21c
Começou hoje no Sheba Medical Center em Israel, o primeiro estudo realizado no mundo para determinar os graus de eficácia e segurança de uma nova dose de reforço da vacina contra o coronavírus desenvolvida pelas empresas Pfizer e BioNTech.
Para o estudo realizado no maior centro médico do Oriente Médio foram recrutados 150 profissionais da área da saúde. Cada um deles recebeu em agosto deste ano a “dose de reforço” da vacina contra a covid-19, mas passados quase 5 meses desde então a contagem de anticorpos em seus organismos está diminuindo.
O estudo será conduzido pelo Dra. Gili Regev-Yochai, Diretora da Unidade de Epidemiologia e Doenças Infecciosas do Sheba Medica Center e foi aprovado pelo Comitê Helsinque, órgão do Ministério da Saúde de Israel que regulamento estudos em seres humanos.
Embora o FDA (Food and Drug Administration) ainda não tenha autorizado a administração da quarta dose da vacina da Pfizer contra o coronavírus, a Equipe de Resposta ao Coronavírus do Ministério da Saúde de Israel aprovou o medicamento em função da diminuição da contagem de anticorpos. Mas, para que isto seja colocado em prática, é necessária a autorização do Diretor-geral do Ministério da Saúde de Israel, Dr. Nachman Ash, que encomendou o estudo.
A Dra. Regev-Yochai disse que o objetivo do estudo é determinar a capacidade de estimulação da produção de anticorpos contra a covid-19 de uma nova vacina. Segundo ela, a segurança da quarta dose da vacina contra o coronavírus para o nosso organismo também será aferida.
“Espera-se que este estudo seja capaz de esclarecer os prós e contras da administração de uma quarta dose da vacina. Nós vamos procurar entender se se vale a pena e em que grupos administrar o medicamento”, disse ela.
Os resultados do estudo desenvolvido pela equipe de epidemiologia do Sheba Medical Center ajudarão a orientar a política de saúde pública a ser adotada por Israel e o mundo diante da nova cepa Ômicron do coronavírus. Muitos especialistas acreditam que a atual fórmula do medicamente é ineficaz contra o Ômicron.