(Abed Rahim Khatib/Flash90)

Depois dos ataques que deixaram 4 israelenses mortos, o grupo terrorista Jihad Islâmica insisti em ameaçar Israel. “Se Israel não cumprir sua parte no acordo de cessar-fogo, a “resistência” tem meios para obrigá-lo a fazê-lo.” ameaçou o grupo terrorista.

Por Baruch Yedid, TPS

A organização terrorista Jihad Islâmica, a segunda mais poderosa da Faixa de Gaza, ameaçou reiniciar seus ataques com foguetes contra alvos israelenses se não houver progresso nas conversas entre Israel e o grupo terrorista Hamas sobre um possível cessar-fogo. As negociações são mediadas pelo Egito. A Jihad Islâmica acrescentou ainda que os últimos ataques foram apenas um prefácio de uma grande guerra que acontecerá no verão israelense.

A novas ameaças partiram de Khaled Al-Batash, um dos principais membros da organização terrorista. Al Batash declarou no sábado que “Se Israel não cumprir sua parte no acordo de cessar-fogo, a “resistência” tem meios para obrigá-lo a fazê-lo.”

Israel e a organização terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, estão acertando os detalhes de um possível acordo de cessar-fogo. Mediado pelo Egito o acordo de cessar-fogo compreenderia a diminuição das limitações impostas por Israel à Faixa de Gaza. Em troca, Hamas e outras organizações terroristas da Faixa de Gaza, cessariam os ataques contra alvos israelenses.

Mahmoud Abbas, Ismail Haniyeh

Arquivo: Ismail Haniya, líder do Hamas, conversa com o Presidente da OLP Mahmoud Abbas (AP Photo, File)

O líder do Hamas, Ismail Haniya, conversou na sexta-feira com o enviado especial da ONU ao Oriente Médio, Nickolay Mladenov, sobre o progresso das negociações.

Enquanto isso, o líder da Jihad Islâmica, Ziad Nahle, disse ao jornal libanês Al-Mayadeen, em uma entrevista publicada na semana passada, que prevê uma enorme guerra com Israel. Nesta guerra, foguetes seriam lançados contra todas as cidades israelenses e não apenas aquelas que fazem fronteira com Gaza.

Durante as 60 horas em que o grupo terrorista Jihad Islâmica, atacou Israel na semana passada, foguetes foram lançados contra alvos mais próximos a fronteira. Na ocasião, o foguete de maior alcance foi lançado contra a cidade de Beer Sheva, a aproximadamente 39 km de distância da Faixa de Gaza.  Cidades como Jerusalém e Tel Aviv foram poupadas.

Nahle disse ainda que foi Israel quem solicitou o cessar-fogo devido a proximidade dos ataques com as comemorações do Dia da Independência de Israel que na quinta-feira. solicitou o cessar-fogo antes das comemorações do Dia da Independência. Outras fontes dizem que foi a organização terrorista Hamas quem pediu o cessar-fogo. O Hamas teria implorado pelo cessar-fogo depois da significativa e potente resposta de Israel aos ataques.

Em relação à cooperação de sua organização terrorista com o Hamas, Nahle disse que os dois grupos coordenaram todas as ações, “O Hamas e a Jihad Islâmica trabalham ombro a ombro”, disse ele.

Nahle disse ainda que “o grupo terrorista libanês Hezbollah e seus líderes estavam cooperando. Mas mesmo que exista uma ligação entre o grupo Hezbollah e o Irã, Teerã não estava envolvido no ataques da semana passada contra Israel, afirmou.