No primeiro discurso desde que saiu de seu esconderijo, Yahya Sinwar disse que dentro do território israelense há “10.000 mártires” do grupo terrorista Hamas que esperam a ordem para “esfaquear e atropelar”.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 27/05/2021

 

O líder do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, deixou seu esconderijo e fez nesta quarta-feira (26) seu primeiro discurso desde que entrou em vigor o cessar-fogo entre a organização terrorista e Israel. Sinwar falou por mais de uma hora, cantou vitória e por diversas vezes, ameaçou Israel e sua população.

“Se vocês quiserem continuar vivendo, afastem-se da mesquita Al Aqsa e de Jerusalém”, disse Sinwar que chamou o recente conflito entre Israel e o Hamas de “apenas um ensaio, um pequeno exercício”.

O terrorista, que é conhecido como o “açougueiro de Khan Yunis” pela forma como lida com seus inimigos e opositores, disse que o Hamas tem um exército dentro do território israelense. Este, estaria pronto e esperando a ordem para agir.

“Há um cenário pronto e já conhecido para nosso retorno. A Faixa de Gaza e suas organizações de resistência iniciarão como toda a força, a Cisjordânia irá explodir com toda a força e nossos irmãos no território ocupado, dentro de Israel, também irão se levantar. Eu tenho certeza de que temos dentro do território ocupado, do território israelense, pelo menos 10.000 guerreiros prontos para a batalha se vocês tocarem na mesquita Al Aqsa”, disse Sinwar.

Em resposta às Forças de Defesa de Israel que anunciaram que mais de 100km de túneis subterrâneos foram bombardeados e destruídos durante a operação “Guardião das Muralhas”, Sinwar disse que o Hamas tem 500km de túneis subterrâneos construídos na Faixa de Gaza. É difícil acreditar, mas se isso for verdade, e não uma tentativa de fabricar um cenário vitorioso, os túneis do Hamas seriam mais extensos do que todo o sistema de metrô de Londres e aproximadamente 5 vezes maior do que o metrô da cidade de São Paulo.

Ainda em seu discurso, Yahya Sinwar menosprezou a proposta americana de angariar fundos internacionais que seriam destinados a reconstrução da Faixa de Gaza. Ele agradeceu ao Irã pelo seu apoio financeiro, tático e militar ao Hamas.

“Nós dizemos para o Blinken (Secretário de Estado dos Estados Unidos) que pare de se meter em nossos problemas internos. Nós conseguimos resolver nossos próprios problemas”, disse o terrorista.