Ao lado do chanceler alemão Olaf Scholz, que condenou o líder palestino, Abbas negou-se ainda a desculpar-se pelo atentado terrorista às Olimpíadas de Munique e massacre de 11 membros da delegação israelense.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Jerusalém, 18/08/2022

 

Ao mostrar ao mundo sua verdadeira face o Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, chocou a comunidade internacional nesta terça-feira (16), ao acusar Israel pela prática de “50 Holocaustos” contra os palestinos. Falando em Berlim ao lado do Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o líder palestino ainda classificou Israel como um Estado de Apartheid e foi rebatido.

“Naturalmente nós temos visões distintas sobre a política israelense e quero deixar claro que não concordo com o uso do termo Apartheid e não acho que ele descreva corretamente a situação”, rebateu o chanceler alemão.

A declaração de Mahmoud Abbas sobre o Holocausto foi feita em resposta ao questionamento de uma jornalista. Lembrando os 50 anos do atentado terrorista executado pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) contra as Olimpíadas de Berlim em 1972, a profissional perguntou se Abbas estaria pronto a desculpar-se pelo massacre dos 11 membros da delegação israelense.

Mahmoud Abbas é hoje o Presidente da OLP, cargo que herdou em 2004, após a morte do terrorista Yasser Arafat.

“Se quisermos olhar para o passado, de 1947 até hoje Israel cometeu 50 massacres em 50 aldeias palestinas”, disse Abbas em árabe. “Cinquenta massacres, 50 Holocaustos. Até os dias de hoje, todos os dias, temos pessoas mortas pelas forças israelenses”, disse o líder palestino.

Scholz imediatamente fez cara de poucos amigos, mas não respondeu a declaração de Abbas e encerrou a coletiva de imprensa. Mais tarde, criticado, ele disse que recebeu com revolta as declarações do líder palestino.

“Estou enojado pela ultrajante declaração do presidente palestino Mahmoud Abbas. Para nós, alemães em especial, são intoleráveis e inaceitáveis quaisquer formas de relativização do Holocausto. Eu condeno qualquer forma de negacionismo das atrocidades do Holocausto”, tuitou Scholz, em alemão e hebraico.

 

 

O Embaixador da Alemanha em Israel, Steffen Seibert, foi ainda mais rápido do que Scholz e através das redes sociais condenou a declaração de Mahmoud Abbas.

“O que o presidente Abbas disse em Berlim sobre os ’50 Holocaustos’ é errado e inaceitável. A Alemanha nunca apoiará qualquer tentativa de negar a singularidade da dimensão dos crimes do Holocasto”, disse o embaixador alemão.

Em protesto a declaração de Mahmoud Abbas o governo alemão convocou o Embaixador da Autoridade Palestina para dar explicações por aquilo que Scholz classificou como “a pior relativização do Holocausto que um chefe de governo já proferiu no gabinete do chanceler” em Berlim.

Filho de sobreviventes do Holocausto o Primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, classificou as palavras do líder palestino como “monstruosas”.

“Mahmoud Abbas, em solo alemão, acusando Israel de cometer 50 Holocaiustos não é apenas uma desgraça moral, mas uma mentira monstruosa. Seis milhões de judeus foram assassinados no Holocausto. Entre elas, 1.5 milhão de crianças judias”, tuitou Lapid.