Em pouco mais de uma semana após o início da campanha de vacinação, Israel tem mais vacinados do que casos de coronavírus registrados desde o início da pandemia.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 30/12/20

 

Dados do Ministério da Saúde de Israel divulgados na tarde desta quarta-feira (30) mostram que até agora 647.000 israelenses já foram vacinados contra o coronavírus. Enquanto isso, desde o início da pandemia 414.967 casos de covid-19 já foram confirmados em Israel.

A campanha de vacinação israelense contra o coronavírus, que até agora utiliza exclusivamente o medicamente desenvolvido pelas empresas Pfizer e BioNTech começou no último dia 19 de novembro. Naquele sábado à noite, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da saúde Yuli Edelstein foram os primeiros israelenses a serem vacinados. “Para dar o exemplo”, disse Netanyahu na ocasião.

Ontem, a campanha de vacinação atingiu o marco de 500.000 doses ministradas e Israel é o país que mais imunizou seus cidadãos. Isto, proporcionalmente ao tamanho da população e em uma escala de uma dose para cada 100 habitantes.

 

פגשתי את הרצל ופדילה לוי – המתחסנים החצי מיליון בישראל!

פעלנו כדי להביא מיליוני חיסונים למדינת ישראל וישראל היא אלופת…

Posted by ‎Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו‎ on Tuesday, December 29, 2020

 

Benjamin Netanyahu e o Ministro da Saúde, Yuli Edelstein, com o israelense de número 500.000 a ser vacinado contra o coronavírus.

 

Efeitos colaterais e 2 mortes

 

O canal israelense 12 de notícias teve acesso com exclusividade a dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério da Saúde de Israel e referentes aos efeitos colaterais já registrados no país.

De acordo com o artigo publicado nesta tarde, 652 israelenses participaram as equipes médicas sobre efeitos colaterais identificados horas após tomar a vacina da Pfizer contra o coronavírus. Destes, 51 foram submetidos a tratamentos médicos e 35 foram encaminhados às unidades de emergências dos hospitais.

A lista de efeitos colaterais é extensa, mas os mesmos não são considerados graves e em sua maioria já são esperados pelas equipes médicas que instruem os pacientes a esperarem alguns minutos no posto de vacinação após administração do medicamento. Ao todo por exemplo, 100 pessoas informaram que sentiram dores em alguma parte do corpo, 83 sentiram cansaço ou fraqueza, 39 tonturas, 26 sentiram enjoo ou vomitaram, 21 tiveram febre e 16 israelenses disseram para as equipes médicas haver tido calafrios.

A lista de efeitos colaterais incluiu ainda o inchaço da área de aplicação da vacina, vermelhidão na pele, falta de apetite, falta de paladar e alergias.

Até agora em Israel, 2 pessoas morreram horas depois de tomar a vacina da Pfizer contra o coronavírus, mas de acordo com as autoridades médicas locais, as mortes não estão ligadas com a administração do medicamento.

Ontem, um homem de 88 anos morreu em Jerusalém horas depois de tomar a vacina e na segunda-feira, outro israelense, desta vez de 75 anos morreu duas horas depois de administrado o medicamento desenvolvido pela Pfizer e BioNTech.

Um boletim divulgado pelo hospital universitário Hadassa Medical Center informou que o israelense de 88 anos sofria de severas doenças pré-existentes.

Em uma nota divulgada na segunda-feira, o Ministério da Saúde de Israel informou que o homem de 75 anos que veio a falecer horas depois de ser vacinado tinha um extenso histórico de problemas cardíacos entre eles, uma série de infartos.

“A apuração preliminar não encontrou ligação entre este evento trágico e o medicamento. A campanha de vacinação seguirá como planejada”, diz a nota do ministério da saúde.