Anúncio foi feito hoje em Jerusalém, pelo Ministro das Relações Exteriores do Malawi, Eisenhower Mkaka.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 03/11/20

Cinquenta e seis anos após sua independência do Reino Unido e do estabelecimento de relações diplomáticas com o Estado de Israel, o Malawi se tornará o primeiro país africano a abrir sua embaixada na cidade de Jerusalém.

Este esplêndido anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (3), pelo Ministro das Relações Exteriores do Malawi, Eisenhower Mkaka, que em visita a Jerusalém, foi recebido pelo chanceler israelense, Gabi Ashkenazi. Segundo ele, e de acordo com o Presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, a inauguração da embaixada na capital do Estado de Israel acontecerá até meados 2021, quando tem início o verão no hemisfério norte.

Empossado em junho deste ano, Lazarus Chakwera, o antigo líder da oposição e hoje presidente do Malawi, já havia dito em setembro deste ano, que pretendia abrir uma representação diplomática do país africano em Jerusalém. Ao fazê-lo, o Malawi reconhecerá a cidade como a capital do Estado de Israel e rompera com o status quo defendido pela comunidade internacional.

Hoje, apenas os Estados Unidos e a Guatemala mantêm suas embaixadas em Jerusalém, mas aos poucos, mais nações optam por seguir estes passos. Este é o caso de países como Honduras, Sérvia, Kosovo, Moldávia, Croácia e Romênia. Recentemente, foi a vez da República Dominicana anunciar que também estuda transferir sua embaixada, localizada em Tel Aviv, para a cidade de Jerusalém.

Há pouco eleito membro do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, um órgão historicamente detentor de um viés anti-israelense, o Malawi é hoje um importante aliado do Estado de Israel. Antes mesmo de sua independência, em 1964, quando ainda chamava-se Nyasaland, o país abrigou centenas de judeus refugiados, que fugiam das garras do nazismo e dos horrores do holocausto.

“Eu convido outros países a seguirem os passos do Malawi, transfiram suas embaixadas para Jerusalém, a capital de Israel”, disse o Ministro das Relações Exteriores Gabi Ashkenazi.