A marinha israelense realizou na semana passada, o maior exercício militar internacional de sua história. Ao lado de mais 9 países, além de uma delegação da Otan, os marinheiros de Israel tinham uma função, salvar vidas.
Unidos com Israel
Na semana passada, a marinha israelense realizou o maior exercício militar internacional de sua história. Apelidade de “Ondas Violentas”, o exercício naval tinha por objetivo, preparar as forças armadas israelenses para o caso de uma calamidade pública como por exemplo, um terremoto de grandes proporções ou um tsunami.
Estima-se que no evento de uma calamidade pública de grandes proporções, Israel, um país cercado por inimigos, deverá estar pronto para receber ajuda humanitária e logística, por vias marítimas. Isso além da efetividade, para trazer a quantidade de suprimentos que um navio porta-aviões pequeno consegue transportar em uma única viagem por exemplo, um avião cargueiro C17 precisaria de 54 viagens.
A exercício naval, realizado em sua grande maioria a partir do porto de Haifa, contou com a participação de navios das marinhas dos Estados Unidos, Grécia e França. Alemanha, Itália, Canadá, Chile, Chipre, Reino Unido e Chipre enviaram delegações para acompanhar os treinamentos. A Otan, também chamada de Aliança Atlântica, também enviou representantes para participar dos exercícios.
“Nós usamos o terremoto do Haiti em 2010 como exemple a ser estudado”, explicou o comandante da base naval de Haifa, Almirante Gil Aginsky. “O abalo alcançou a magnitude de 7 graus na escala Richter. 230 mil pessoas morreram, mais de 3 milhões de pessoas ficaram feridas ou foram de alguma forma afetadas pelo terremoto, 250 prédios desabaram e sérios danos foram causados a infraestrutura do Estado que entrou em colapso. Foi um episódio catastrófico”, contou o Almirante.
Ainda de acordo com o Almirante da Marinha de Israel, após investigar a fundo o que aconteceu no Haiti, percebeu-se a importância de estar preparado para tais eventos. Estima-se que em Israel, a cada 90 anos, aconteça um terremoto devastador.
Durante o exercício naval, as forças israelenses simularam um cenário onde milhares de pessoas morreram, dezenas de prédios e instalações governamentais foram destruídas e 150 mil pessoas ficaram desabrigadas.
O último terremoto, ainda que leve, sentido em Israel, aconteceu em maio deste ano.