Presidente Rivlin discursa no Dia de Memória do Holocausto (Mark Neiman/GPO) Presidente Rivlin discursa no Dia de Memória do Holocausto (Mark Neiman/GPO)

Reuven Rivlin, Presidente de Israel, usou sua conta no Twitter para rebater a frase do Presidente do Brasil. “Não nunca perdoaremos ou esqueceremos” escreveu Rivlin. O “Yad Vashem”, Memorial do Holocausto em Jerusalém criticou a frase de Jair Bolsonaro.

Na última quinta-feira, 11 de abril, Jair Bolsonaro disse que “Podemos perdoar, mas não podemos esquecer” o Holocausto. A infeliz frase do Presidente do Brasil causou extremo desconforto e indignação na comunidade judaica local.

Em encontro com pastores evangélicos no Rio de Janeiro o Presidente do Brasil Jair Messias Bolsonaro disse: “Fui, mais uma vez, ao Museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer.  E é minha essa frase: Quem esqueceu seu passado está condenado a não ter futuro. Se não queremos repetir a história que não foi boa, vamos evitar com ações e atos para que ela não se repita daquela forma.”

No sábado a noite, logo após o Shabat (dias sagrado para os judeus) o Presidente de Israel, Reuven Rivlin, usou sua conta no Twitter para rebater a frase de Bolsonaro sobre o Holocausto.

Em um tweet, Rivlin escreveu: “O que Amalek fez para nós está escrito em nossa memória, a memória de um povo antigo. Nós sempre faremos oposição àqueles que negam a verdade ou àqueles que desejam eliminar nossa memória – indivíduos ou grupos, líderes partidários ou primeiros-ministros. Nós nunca perdoaremos ou esqueceremos.”

Em um tweet segundo tweet, o Presidente de Israel escreveu ainda: “O povo judeu lutará sempre contra o antissemitismo e a xenofobia. Líderes políticos são responsáveis por moldar o futuro. Historiadores descrevem o passado e pesquisam os acontecimentos. Nenhum deve entrar no território do outro.”

O “Yad Vashem”, Memorial do Holocausto em Jerusalém, mais importante e renomada instituição sobre o Holocausto no mundo, também rebateu a frase de Bolsonaro. A instituição se manifestou através de uma nota: ““Não concordamos com a afirmação do presidente brasileiro de que o Holocausto pode ser perdoado.” Não é o lugar de qualquer pessoa determinar quem e se os crimes do Holocausto podem ser perdoados. Desde a sua criação, o Yad Vashem trabalha para dar continuação à memória e o significado (do Holocausto) para o povo judeu e para a humanidade “.