Exercício militar simulou ataques a Israel em todos os fronts, em um mesmo momento e com diversos tipos de mísseis, foguetes e até aeronaves não tripuladas.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 16/12/2020

 

Após o ataque com drones às instalações petrolíferas sauditas da Aramco no ano passado e diante das recentes ameaças feitas pelo Irã e sua rede de organizações terroristas no Libano, Síria, Iêmen e Iraque, Israel testou esta semana seu sistema de defesa antiaéreo. Entre os equipamentos postos literalmente à prova de fogo, estão versões aprimoradas das baterias antiaéreas Domo de Ferro, Estilingue de David e Flechas 2 e 3.

Conduzido pela Organização de Defesa contra Mísseis, MOD na sigla em inglês, um braço do Ministério da Defesa de Israel, em parceria com a Agência de Defesa contra Mísseis dos Estados Unidos (MDA), o exercício militar simulou um massivo ataque aéreo. Esta semana na teoria, de norte a sul do país, Israel foi alvo de diversos tipos de mísseis e foguetes, lançados da terra e do mar simultaneamente, além de ataques com aviões não tripulados que voam em baixa altitude para não serem captados pelos radares.

Domo de Ferro (Foto: Ministério da Defesa de Israel)

Desenvolvido pelas empresas bélicas israelenses, Rafael e Elbit, o sistema de defesa antiaéreo Domo de Ferro, criado para proteger a população israelense de foguetes de curto alcance como aqueles lançados por grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah, conseguiu interceptar pela primeira vez um míssil de cruzeiro. Isto, depois de passar por algumas alterações. Precisos e de longo alcance, os mísseis de cruzeiros poderiam ser usados por Teerã em um ataque direto a Israel.

Poucos instantes após o início dos “ataques”, todos os mísseis, foguetes e drones inimigos já haviam sido identificados pelos sensores e radares da aeronáutica e marinha israelense. Bastava apenas interceptar cada uma destas armas.

A missão de abater os drones e mísseis inimigos ficou à cargo de uma equipe de “plantão” no centro de comando da força aérea israelense. Liderada por uma oficial de apenas 22 anos, a equipe rapidamente interceptou 100% das ameaças ao país.

Ao ser questionado sobre o motivo de escolher uma oficial tão jovem para comandar a operação, o coronel Ran Kochav, comandante do Sistema de Defesa Aéreo, disse que o objetivo do exercício era simular um cenário extremamente realista.

“Nós poderíamos ter escalado um coronel ou um engenheiro experiente para este exercício mas no fim das contas, será um oficial raso que terá de tomar uma decisão às 2h da madrugada, sozinho e dentro de poucos minutos”, disse Ran Kochav.

Todos os envolvidos consideraram que exercício foi um grande sucesso e as novas baterias antiaéreas das Forças de Defesa de Israel serão declaradas operacionais já nos próximos dias. Com isto, estarão prontas para defender a população israelenses dos mísseis e foguetes lançados pelo Irã ou um de seus emissários.