Após admitir haver derrubado avião com 176 passageiros, Irã tem protestos contra o regime teocrático dos aiatolás.

Unidos com Israel

Após sofrer pressão internacional, o Irã admitiu neste sábado (11), que seus militares derrubaram o avião da companhia aérea Ukranian Airlanes. Na última quarta-feira (8), o avião caiu em Teerã minutos depois da decolagem, ao ser atingido por um míssil. Infelizmente, todos os 176 passageiros e tripulantes morreram.

Logo após a admissão de culpa por parte do governo, os iranianos foram as ruas para homenagear as vítimas do acidente. Os atos rapidamente tornaram-se manifestações contra o regime teocrático dos aiatolás, e se espalharam por várias cidades do país.

 

 

Durante os protestos, os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o regime do aiatolá Ali Khamenei. Brados de “morte ao ditador” e “morte aos mentirosos”, revelaram o real sentimento do povo iraniano ao se contrastar com as imagens de uma multidão de luto pela morte do terrorista e general da Força Quds, Qassem Soliemani.

Além de tentar acobertar a real causa da tragédia aérea, durante uma semana o regime do Irã tentou vender ao mundo a mensagem de que o país estava de luto pela morte de Soliemani. Para isso, imagens de uma multidão acompanhando o caixão do terrorista correram o mundo, divulgadas pela TV estatal do Irã. Na realidade apenas islamistas e funcionários do governo foram às ruas para homenagear Qassem Soliemani. Neste sábado, a multidão que protestava nas ruas contra o ditador Ali Khamenei e seus cúmplices, rasgava fotos de Qassem Soliemani.

Em um dos vídeos divulgados nas redes sociais, podem ser vistos muitos manifestantes se negando a pisar nas bandeiras de Estados Unidos e Israel. “O inimigo está aqui dentro”, diziam os manifestantes.

 

Envolvimento na queda do avião ucraniano

Até sábado, o Irã vinha negando qualquer envolvimento com a queda do avião e chegou a informar que não entregaria as caixas pretas da aeronave. Apenas alguns países do mundo possuem tecnologia para realizar a análise das informações de caixas pretas.

Na sexta-feira, durante a tentativa do regime de acobertar a real causa da queda do avião ucraniano, o Presidente da Organização de Avião Civil iraniana, Ali Abedzadeh, disse: “uma coisa é certa, este avião não foi atingido por um míssil”.