Judeus do Iêmen que fugiram do país depois da criação do Estado Judeu chegam a um acampamento de refugiados em Israel. (Israeli National Photo Archive) Judeus do Iêmen que fugiram do país depois da criação do Estado Judeu chegam a um acampamento de refugiados em Israel. (Israeli National Photo Archive)

Aproximadamente 850 mil judeus foram expulsos do Irã e demais países árabes antes e após a criação do Estado de Israel.  


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

 

A agenda do dia 29 de novembro da Assembleia Geral da Nações Unidas é geralmente marcada por votações e cerimônias pró-Palestinas que tem o objetivo de denegrir a imagem do Estado de Israel.

Neste dia é lembrado anualmente, a resolução da Assembleia da ONU de 29 de novembro de 1947 que dividiu Israel entre israelenses e árabes. Meses depois, em 14 de maio de 1948, David Ben Gurion criou o Estado de Israel que foi imediatamente atacado por Iraque, Síria, Egito, Jordânia e Líbano. Estes países, que lutaram diretamente contra os soldados do recém-criado Exército de Defesa de Israel, contaram com o apoio e o financiamento de outros da Liga Árabe.

A Guerra da independência de Israel teve início por iniciativa dos países árabes. Estes, se negaram a aceitar a decisão da ONU de 1947 e não reconheceram a criação do Estado Judeu ou a partilha de Israel. Muitos destes países que se rebelaram contra a resolução da ONU de 1947 expulsaram os judeus de seus países antes e após a criação de facto do Estado de Israel.

Infelizmente, a cada ano, no dia 29 de novembro a ONU homenageia apenas os refugiados palestinos que por razão do conflito, iniciado por seus irmãos árabes deixaram o território israelense depois de 1948. Enquanto isso, os mais de 850 mil homens, mulheres e crianças judeus, que foram expulsos e fugiram dos países árabes de mãos vazias, vão sendo esquecidos pela comunidade internacional.

Para remediar este crime cometido anualmente na ONU, o governo israelense por meio de sua representação na sede das Nações Unidas, decidiu organizar este ano, um ato que homenageou os refugiados judeus dos países árabes.

A celebração aconteceu na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, um dia após o anual e fatídico 29 de novembro. Este ano, participaram das homenagens aos refugiados judeus, embaixadores de diversos países, entre eles, representantes do Iêmen e do Marrocos.

Danny Danon, Embaixador do Estado de Israel na Nações Unidas, discursou ao lado de Ilan Kar, Enviado Especial dos Estados Unidos para a luta contra o antissemitismo. Kar é filho de refugiados judeus que tiveram que fugir do Iraque.

 

 

Para Danny Danon, o costume da Nações Unidas que “nega os direitos dos refugiados judeus” é uma “tentativa de apagá-los da narrativa”. Para ele, isto é uma das formas de antissemitismo cometidos pela comunidade internacional.

Além de organizar a cerimônia que homenageou os refugiados judeus, Dani Danon irá propor nas Nações Unidas, uma resolução que devolverá a estes homens e mulheres, injustiçados e esquecidos pelo mundo, um lugar na história.