Governo israelense espera abrigar 100.000 refugiados ucranianos.


Por Arieh Savir, TPS

Versão em português, UWI

 

Os membros do Comitê de Imigração e Integração do parlamento israelense, Knesset em hebraico, e a Ministra da Imigração e Absorção Pnina Tamano-Shata, reuniram-se esta semana para discutir a situação dos refugiados ucranianos e encontrar soluções para melhor acolhê-los.

O Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, fez questão de participar do encontro e disse que “as implicações da guerra estão chegando a todo o mundo, inclusive a nós”.

“Nós já recebemos até o momento centenas de refugiados ucranianos, alguns deles judeus, mas a maioria não. Naturalmente, o Estado de Israel irá focar na absorção de imigrantes judeus”, disse Bennett.

Mais de 300 refugiados, entre eles 100 crianças judias órfãs, aterrissaram no aeroporto internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, no último domingo. Este foi apenas o primeiro grupo e ele será seguido por muitos outros.

De acordo com dados das autoridades israelenses há hoje na Ucrânia até 200.000 pessoas que poderiam ser beneficiadas pela “Lei do Retorno”. Destes, 50.000 seriam judeus e os demais, cônjuges e pessoas com raízes judaicas.

A “Lei do Retorno” garante a todos os judeus do mundo, seus cônjuges e descentes, o direito de fazer “Aliá”, ou seja, imigrar para o Estado de Israel e obter a cidadania israelense.

Segundo estes dados, Israel está preparado para receber imediatamente até 100.000 refugiados ucranianos.

“O Estado de Israel foi fundado para ser o lugar mais seguro do mundo para os judeus. Este é o âmago de nosso propósito”, disse Bennett.

“Nós devemos garantir que os judeus que escapam de lugares onde há perigo sejam recebidos de braços abertos no Estado de Israel, que eles sintam que a porta está aberta e que aqui encontrarão um lar. Não pode haver obstáculos criados pela nossa burocracia. Nós temos de saber como mover mundos e romper a burocracia para cumprirmos com nossa missão histórica”, afirmou o premiê israelense.

Bennett deixou claro aos participantes do comitê que o governo israelense deverá focar primeiro em encontrar maneiras de chegar a todos os judeus em apuros, auxiliando-os em sua trajetória até o Estado de Israel.

Outro foco de Jerusalém será criar um plano de absorção destes refugiados para “integrá-los da melhor forma possível no Estado de Israel”. Este, com ênfase em solução de moradia, educação e emprego.

“O Estado Judeu já fez isso mais de uma vez em sua história e continuaremos a cumprir com esta sagrada missão. Israel é um refúgio para todos os judeus em apuros. Este é nosso propósito”, voltou a afirmar o premiê.