Governo de Israel encara o ceticismo e o receio da população após a desaceleração da campanha de vacinação.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 10/02/2020
Em uma corrida contra o tempo entre a imunização da população e a ampla capacidade de propagação da cepa britânica do vírus chinês, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou nesta terça-feira (9), um posto de vacinação na cidade árabe de Zarzir, região norte de Israel.
“Nós estamos diante de um estado de emergência, por isso estou aqui e irei à todas as cidades árabes e ultra ortodoxas. Há uma disparidade muito grande e nós queremos vacinar toda a população”, disse Benjamin Netanyahu.
Segundo dados do Ministério da Saúde de Israel, apenas 19% da comunidade árabe e 29% da comunidade judaica ultra ortodoxa responderam ao chamado do governo para vacinar-se. Em contrapartida, 42% do restante da população já se vacinou, ao menos com a primeira dose do medicamento desenvolvido pelas empresas Pfizer e BioNTech.
A visita do premier israelense, acompanhado do Ministro da Saúde, Yuli Edelstein, vem em um momento em que se nota uma clara desaceleração da campanha de vacinação. Isto, segundo as próprias autoridades sanitárias, em função do ceticismo e receio da população, que foram inflados por uma forte campanha que se opõe a vacinação.
Diferente dos dias em que por aqui se vacinavam mais de 200 mil pessoas, ontem por exemplo, apenas 65.424 pacientes receberam a primeira dose do medicamento contra a covid-19. Além disso, nesta terça-feira (9), outros 65.048 cidadãos receberam a segunda dose da vacina. Isto, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Israel na manhã desta quarta-feira.
Ainda de acordo com o premier israelense, 97% das 1.536 pessoas que perderam suas vidas para o vírus chinês durante o mês de dezembro não estavam vacinadas.
“Se você se vacinar estará salvando sua própria vida. Não há motivo algum para arriscar a morte”, disse Netanyahu após garantir que Israel tem à sua disposição vacinas para toda sua população.
O premier israelense pediu a população que não acredite em “fake news” sobre a vacina. Segundo ele, “teorias conspiratórias maliciosas” que circulam na internet estão inibindo parte da população.