Benjamin Netanyahu foi escolhido pelo Presidente de Israel para tentar formar uma coalizão e seu novo governo.

Unidos com Israel

Na noite desta quarta-feira (25), depois de uma reunião entre Reuven Rivlin, Presidente do Estado de Israel, Benjamin Netanyahu, líder do partido Likud, e Benny Gantz, líder do partido Azul e Branco, o Primeiro-ministro foi escolhido para tentar formar uma coalizão e seu próximo governo.

(Da esquerda para a direita) Benny Gantz, Reuven Rivlin e Benjamin Netanyahu (Caption/Facebook/Reuven Ruvi Rivlin)

Reuven Rivlin tomou a decisão de incumbir Netanyahu com esta missão, ao julgar que o parlamentar é atualmente, aquele que tem mais chances de formar um governo.

Dos 120 parlamentares eleitos na semana passada para ocupar uma cadeira no Knesset, o Parlamento de Israel, 55 indicaram Benjamin Netanyahu para ocupar o cargo de Primeiro-ministro. Em contrapartida, Benny Gantz, mesmo sendo o líder do maior partido do Knesset foi indicado por apenas 54 parlamentares.

Vale lembrar ainda, que o partido Israel Beiteinu, do ex-ministro da Defesa e ex-Ministro das Relações Exteriores Avigdor Leiberman, não indicou nenhum dos dois candidatos. Lieberman, que conseguiu eleger 8 parlamentares para o Knesset, vem dizendo desde o início da campanha eleitoral, que apenas apoiará o candidato que concordar com suas exigências. Ele defende a separação do Estado e da religião, o serviço militar obrigatório para todos os cidadãos israelenses, inclusive para os religiosos e entre outras coisas, a implementação do transporte público no shabat, o dia sagrado para os judeus. Lieberman é considerado um político de extrema direita que defende ideais laicos.

Netanyahu agora terá 28 dias para formar uma coalizão, ou seja, para conseguir o apoio da maioria do parlamento que deverá se unir e formar seu próximo governo.

Se Netanyahu falhar novamente, ele prometeu devolver o mandato para o Presidente de Israel que deverá escolher outro parlamentar para desempenhar esta função.

“Nós precisaremos de um governo amplo para desafiarmos os obstáculos a nossa frente, em especial o Irã e as armas que ele tem apontadas para o Estado de Israel”, disse Netanyahu ontem.

Gantz e Netanyahu já se reuniram duas vezes, desde as eleições da semana passada, para negociar uma possível união entre os dois maiores partidos eleitos para o Knesset. Este cenário é considerado o mais provável no mapa político de Israel atualmente.