Com uma pequena vantagem sobre seu oponente, Benjamin Netanyahu poderá ser o parlamentar escolhido pelo Presidente de Israel para formar uma coalizão e seu próximo governo.
Unidos com Israel
Na semana passada, milhões de israelenses foram às urnas para eleger os membros do Knesset, o parlamento de Israel. Nesta semana, dando continuidade ao processo de formação do governo israelense, o presidente Reuven Rivlin terá a difícil tarefa de escolher um parlamentar e incumbi-lo com a função de formar uma coalizão.
Para isso, desde domingo, Reuven Rivlin, o Presidente do Estado de Israel, vem recebendo em sua residência oficial em Jerusalém, as delegações dos diversos partidos eleitos para o Knesset. Cada uma destas delegações, traz com si, a indicação acerca de quem, em sua visão, deverá ser escolhido para desempenhar esta importante função.
Mas mesmo com a vitória nas urnas do partido Kachol Lavan, do General Benny Gantz, que elegeu 33 parlamentares, a tarefa de formar uma coalizão e assim um governo, poderá ser entregue a Benjamin Netanyahu.
Esta reviravolta pode acontecer por que em Israel, as eleições para o cargo de Primeiro-ministro não são diretas, é o parlamento que escolhe o seu líder.
Assim, mesmo elegendo apenas 31 parlamentares, o Likud, partido de Benjamin Netanyahu, garantiu a indicação de um número maior de parlamentares do que seu oponente, ou seja, mais parlamentares escolheram Benjamin Netanyahu.
O bloco da direita, composto pelo Likud, pelos partidos religiosos Shas e Yahadut Hatorá, e pelo partido ultranacionalista Yemina, têm 55 parlamentares e todos indicaram Benjamin Netanyahu para o cargo de Primeiro-ministro.
Enquanto isso, o bloco da esquerda, composto pelo Kachol Lavan, pelo Partido dos Trabalhadores, União Democrática e por parte dos partidos árabes, obteve a indicação de 55 parlamentares.
Esta pequena vantagem de Netanyahu pode, porém, não ser suficiente para que ele seja escolhido pelo presidente israelense para formar a coalizão. Legalmente, Reuven Rivlin não tem obrigação de escolher o parlamentar com o maior número indicações ou mesmo o parlamentar líder do partido com o maior número de cadeiras no Knesset.
Segundo a legislação israelense, o presidente pode escolher qualquer um dos 120 parlamentares, desde que esteja convencido de que o eleito é aquele com maior chances de formar uma coalizão e um governo.
Reuven Rivlin só deverá divulgar sua decisão na quarta-feira, quando receberá o resultado oficial das eleições do Comitê Central responsável pelo pleito. Até lá, podemos apenas especular e torcer para que um terceiro turno das eleições não seja necessário.