A visita à China, considerada por muitos como um erro, seria uma mensagem enviada pelo Primeiro-ministro de Israel ao Presidente dos Estados Unidos.
Por Unidos com Israel
Jerusalém, 27/06/2023
Durante um encontro com membros de uma delegação bipartidária do Congressos dos Estados Unidos o Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que planeja aceitar um convite de Beijing para visitar a China.
Apesar do anuncio, Netanyahu teria dito aos membros da delegação americana que a cooperação entre Jerusalém e Washington nas áreas de defesa e inteligência estão sendo conduzidas em harmonia e estariam em um momento de “ápice histórico”. Ele enfatizou que para Israel a aliança com os Estados Unidos é ‘’vital e insubstituível”.
De acordo com a mídia israelense a visita de Netanyahu à China deve acontecer já no mês que vem e os detalhes da viagem estariam sendo acertados entre Beijing e Jerusalém.
Analistas políticos acreditam na teoria de que a viagem do Primeiro-ministro de Israel à China seria uma alfinetada de Netanyahu em Biden. Apesar da cooperação entre Washington e Jerusalém, publicamente, a Casa Branca estaria mantendo distância do premier israelense e de seu atual governo.
De acordo com a assessoria do premier israelense a Casa Branca e o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foram notificados há cerca de um mês sobre a visita de Netanyahu à China.
“Erro grave”
O Diretor do Instituto para Estudos de Segurança Nacional de Israel, Tamir Hayman, neste momento, a visita de Netanyahu à China seria um “erro grave”. Segundo ele, se existe algo que irrita os Estados Unidos é aproximação entre seus aliados e Beijing.
“Do ponto de vista estratégico, este é um momento ruim para a visita que acontecerá durante uma competição à nível global entre os Estados Unidos e a China. A China é um país que se aproveita de oportunidades e enxergará a visita como uma nova vitória sobre os Estados Unidos. A China não vai parar por aqui e tentará aumentar sua influência sobre Jerusalém, o que levará a um aumento da tensão entre Israel e os Estados Unidos”, disse ele.