Nova tecnologia israelense pode testar 100 amostras de saliva em até quinze minutos. Atualmente, exame de sangue que detecta o coronavírus pode levar até uma hora.
Unidos com Israel
Pesquisadores israelenses anunciaram esta semana que conseguiram desenvolver um novo método de exame capaz de acelerar o processo de diagnóstico do coronavírus (COVID-19).
Os Estudos foram apresentados pelo Professor Amos Danielli, pesquisador da Escola de Engenharia da Universidade Bar Ilan, nos arredores de Tel Aviv. Segundo ele, diferente do método atual que analisa amostras de sangue coletadas de pacientes, o novo método de diagnóstico utiliza amostras de saliva para detectar a presença do coronavírus em humanos.
O tempo necessário para detectar o vírus e saber se o paciente foi ou não infectado é a grande vantagem deste novo método de exame desenvolvido pelo pesquisador israelense. Enquanto o exame de sangue leva até uma hora para ser concluído, o método proposto pelo Professor Amos Danielli é capaz de analisar até 100 amostras de saliva em apenas 15 minutos.
A redução do tempo de conclusão do diagnóstico é essencial para o combate a doença que se tornou uma epidemia e já matou mais de 2 mil pessoas, segundos dados oficiais da Organização Mundial de Saúde. Quanto antes a doença for descoberta mais rápida será a resposta das equipes médicas em iniciar o tratamento e a fase de isolamento e quarentena.
Eletroímãs e raio laser para deterctar o RNA do Vírus
“Esta tecnologia depende do uso de dois pequenos eletroímãs, que são ímãs alimentados por uma corrente elétrica” afim de movimentá-los, disse o pesquisador da Universidade Bar Ilan.
De acordo com o Professor Amos Danielli, ao posicionar os imãs adequadamente, consegue-se criar um campo magnético essencial para a coleta de milhares de moléculas presentes na solução de saliva usada no exame.
Ainda de acordo com o pesquisador, o RNA ou a macromolécula do vírus é encontrado quando a solução é submetida a um de raio laser que, combinado com os eletroímãs em movimento, se ilumina e se apaga. Assim, segundo ele, “é possível determinar com precisão se uma pessoa foi exposta ao coronavírus.
Outra vantagem deste novo método é a forma de operá-lo, muito simples, segundo o pesquisador e importante principalmente em locais onde os recursos são escassos ou limitados.
A tecnologia desenvolvida pelo pesquisador já é utilizada pelo laboratório de virologia do hospital Tel Hashomer. Lá, ela se mostrou-se efetiva em casos do vírus da Zika.
O Professor Amos Danielli e sua equipe estão colaborando com outras universidades europeias para identificar quais são os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico humano para combater o COVID-19.