Rishi Sunak é conhecido por defender a transferência da Embaixada do Reino Unido de Tel Aviv para a cidade de Jerusalém. O combate ao BDS e ao antissemitismo também são algumas das pautas defendidas pelo novo líder britânico.


Por Pessach Benson, Unidos com Israel

Jerusalém, 24/10/2022

 

Após a queda de Liz Truss e do anúncio de Boris Johnson de que não irá concorrer novamente à liderança do Partido Conservador, o político Rishi Sunak conseguiu o apoio da maioria de seus colegas e irá assumir o cargo de Primeiro-ministro do Reino Unido.

Filho de indianos que imigraram para o Reino Unido vindos da África, Rishi Sunak tem uma trajetória brilhante. Ele estudou em uma escola de elite e conseguiu uma vaga na prestigiosa Universidade de Oxford, onde cursou Política, Filosofia e Economia. Mais tarde, ele conquistou um MBA pela Universidade de Stanford, onde conheceu sua esposa, Akshata Murty, filha do bilionário indiano Narayana Murty. O casal tem dois filhos.

Hoje com 42 anos de idade, Rishi Sunak foi eleito pela primeira vez para o parlament britânico em 2015. Ele foi Secretário do Tesouro no último governo de Boris Johnson e perdeu o cargo de Premiê para Liz Truss em setembro deste ano.

 

Sunak e Israel

 

Filho de imigrante, Rishi Sunak tem boas relações com a comunidade judaica do Reino Unido e já demonstrou, em diversas ocasiões, apoiar Israel.

Em junho deste ano por exemplo, Sunak participou de um evento organizado pelo grupo Conservadores Amigos de Israel e lá disse entender que a cidade de Jerusalém é a “capital histórica” do Estado Judeu. Ele também demonstrou apoio a transferência da Embaixada do Reino Unido de Tel Aviv para Jerusalém, defendida pela agora ex-premiê Liz Truss.

Durante sua campanha, Rishi Sunak defendeu ainda a criação de leis contrárias ao movimento BDS, que promove em todo o mundo a agenda palestina e a imposição de sanções e o boicote a Israel. Ele também condenou a Anistia Internacional que em um relatório recente rotulou Israel como um Estado de Apartheid. Segundo Sunak, o parecer da Anistia Internacional é “completamente errado e ofensivo”.

Em agosto deste ano, durante uma entrevista para o jornal londrino Jewish Chronicle, o agora Primeiro-ministro de Reino Unido classificou Israel como um “brilhante farol de esperança”. Ele pediu ainda que mais instituições britânicas adotem a definição de antissemitismo da IHRA.

Durante sua entrevista à publicação, Rishi Sunak falou ainda sobre o Irã e defendeu um novo acordo nuclear e a ameaça de sanções internacionais capazes de impedir o regime de Teerã de desenvolver armas de destruição em massa.

“Um Irã com arma nucleares representa uma ameaça à existência de Israel e o encorajamento da rede de grupos terroristas iranianos”, disse Sunak.