Corpo de um vítima do terro palestino na cidade de Bnei Brak (Avshalom Sassoni/Flash90) Corpo de um vítima do terro palestino na cidade de Bnei Brak (Avshalom Sassoni/Flash90)

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Onda de terror em Israel pode ser a pior desde a Segunda Intifada.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 30/03/2022

 

Israel pode estar diante da mais violenta onda de terror palestino desde a Segunda Intifada, quando 1.056 israelenses foram assassinados e mais de 8.000 pessoas ficaram feridas em atentados suicidas que realizados por homens, mulheres e até crianças-bomba, ficarão para sempre marcados em nossa história.

Após quatro atentados em 7 dias, nas cidades de Beer Sheva, Hadera, Bnei Brak e Elazar, em que 11 pessoas foram assassinadas, as cicatrizes da Segunda Intifada voltam a arder e com o mês do Ramadã batendo à porta, o receio de que mais ataques acontecem está estampado no rosto dos israelenses. Basta sair às ruas, muitas vazias, para identificá-lo.

Diferente de outras, a recente onda de terror não atinge zonas em disputa, como a Judéia e Samaria ou Jerusalém Oriental. Hoje, o terror palestino mancha de sangue as ruas das principais cidades de Israel. Assim como na Segunda Intifada, quando terroristas se explodiam em ônibus e pizzarias, em todo e qualquer lugar.

A mensagem do extremismo islâmico é clara, não os queremos aqui e faremos tudo o que estiver em nosso alcance para assassiná-los e destruir o seu Estado. E não falamos apenas de judeus, porque para esta deturpada visão islâmica o ódio fala mais alto e todos aqueles que moram em Israel e contribuem com a sociedade, são inimigos e vítimas em potencial. Este é o caso dos policiais Yazzan Fallah e Amir Khoury, um druso e um árabe-cristão, que foram mortos não por serem judeus, mas israelenses.

Os atentados dos últimos dias também não são aqueles em que palestinos usam uma faca de cozinha na tentativa de matar policiais israelenses. Em pelo menos duas das ocasiões os ataques foram perpetrados por terroristas armados até os dentes, com metralhadoras automáticas e muita munição ao seu dispor.

Esta nova modalidade de terror não é característica dos famosos “lobos solitários”, que agem sozinhos com suas facas ou carros. Os atentados desta semana indicam que a iniciativa parte de grupos organizados, capazes de obter metralhadoras e comprá-las no mercado negro, onde o preço de uma destas armas pode chegar a milhares de shekels.

Talvez seja isto o que mais assusta a sociedade israelense que está acostumada a contar com órgãos de inteligência infiltrados nas mais obscuras partes do mundo, desde os gabinetes mais luxuosos do Irã até a menor das células terroristas na Judeia e Samaria ou Jerusalém. Antes capazes de frustrar atentados em todo e qualquer lugar, estes órgãos parecem perplexos diante da atual onda de terror. Isto, apesar de já saber que ela estava por vir, como vem todos os anos, às vésperas e durante todo o Ramadã.

A identidade e a servidão daqueles que anseiam pela morte de israelenses também pouco importam às pessoas de bem e interessam apenas à grande mídia que se nega classificá-los como terroristas e insiste nos termos “militantes” e “extremistas”. Sejam eles do Estado Islâmico, que assumiu a autoria de dois dos atentados, ou do Hamas, Jihad Islâmica Palestina ou Fatah, todos têm um mesmo objetivo, assassinar o maior número possível de israelenses em seu Estado ou de judeus pelo mundo.

Não é à toa que quando um destes grupos consegue atingir seu objetivo e realizar um atentado os demais saem em sua defesa, celebrando o ódio, a violência e a morte daquele que antes de ser preso ou em seus últimos suspiros, tornou-se um mártir.

Ah, vale lembrar também que a família de terroristas, tenham sido eles presos ou mortos, é premiada com uma pensão paga pela Autoridade Palestina. Esta, é garantida em lei pelo órgão dirigido por Mahmoud Abbas, amigo de longa data das Nações Unidas e sucessor do terrorista Yasser Arafat.

Por falar no Presidente da Autoridade Palestina devemos mencionar que pressionado por Washington, Cairo, Amã e Jerusalém ele emitiu uma nota condenado o atentado na cidade de Bnei Brak em que 5 israelenses foram assassinados. Enquanto isso, na cidade árabe de Jenin, o representante do Fatah, partido político de Mahmoud Abbas, vangloriava-se e dizia que o terrorista Diaa Hamarsheh pertencia ao seu grupo.

“Este herói que caiu hoje matou 5 sionistas! Ele é um dos heróis do Fatah. O Fatah quando ataca, realiza atentados gloriosos”, disse Atah Abu Ramillah em Jenin para uma multidão que celebrava o terror.

Mas, a poucas horas do início do Ramadã, mês de extrema tensão em Israel, espero ter escrito um monte de bobagens. Rezo por estar enganado, peço a Deus para que estas 11 vítimas sejam as últimas do terror palestino e para que esta terrível onda de terror não seja uma onda, mas uma marola, que já passou. Deixando marcas e cicatrizes é claro, mas que já passou.