Proposta por países que em 1947 rejeitaram a Resolução 181 das Nações Unidas, a decisão que institui a celebração do Dia da Catástrofe (Nakba) nos 75 anos da Independência de Israel foi refutada pelo Brasil e grande parte do mundo ocidental.
Por Unidos com Israel
Jerusalém, 01/12/2022
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira (30), uma resolução que adota a celebração da Nakba Palestina no Dia da Independência de Israel. Em 2023, Israel celebrará os 75 anos de sua independência, que foi proclamada em 14 de maio de 1948 por David Ben Gurion. Meses antes, em 29 de novembro de 1947, a ONU havia aprovado a Resolução 181 que dividiu Israel entre judeus e árabes.
A resolução da ONU que institui a celebração do Dia da Nakba foi proposta pela Autoridade Palestina, Tunísia, Iêmen, Senegal, Egito e Jordânia. Estes dois últimos, países que em 1947 se negaram a aceitar a Resolução 181 e atacaram Israel logo após sua criação.
Ao todo, 90 países votaram a favor da resolução, 47 se abstiveram e 30 votaram contra. Entre os países que votaram contra a decisão que institui as celebrações do Dia da Nakba nas Nações Unidas estão os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Brasil, Honduras, Índia, México e grande parte da União Europeia, com exceção do Chipre.
Argentina, Cuba, Chile, Nicarágua, Coréia do Norte, Irã, Iraque, Paquistão, Catar, China e Malásia são alguns dos países que votaram a votar da resolução aprovada nesta quarta-feira pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
True to form, the UN General Assembly voted to commemorate the 75th “Nakba Day” (catastrophe) in conjunction with the 75th anniversary of the founding of Israel.
Shame on the countries trying to relitigate and rewrite history. pic.twitter.com/eFWgeTcIUA
— Aviva Klompas (@AvivaKlompas) December 1, 2022
O Embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, condenou a resolução que instituiu as celebrações do Dia da Nakba nos 75 anos de independência do Estado Judeu. Segundo ele, a decisão não contribui em nada para a resolução do conflito, pelo contrário.
“Hoj, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma vergonhosa resolução instituindo um evento oficial que irá celebrar o Dia da Nakba no aniversário de 75 anos da Independência de Israel. Ao aprovar esta resolução, extrema e infundada, a ONU está apenas auxiliando na perpetuação do conflito”, disse Erdan.
Dia da Nakba
Nakba, catástrofe em árabe, é o termo usado pelos muçulmanos para designar a criação do Estado de Israel e o êxodo palestino. De acordo com dados da ONU, 711 mil palestinos foram expulsos de suas casas ou as deixaram durante a guerra de independência de Israel. Esta, começou logo após a adoção da Resolução 181 pelas Assembleia Geral da ONU, que foi rejeitada e condenada pelo mundo árabe.
Apesar de reconhecer os refugiados palestinos e tratá-los como tais até os dias de hoje, as Nações Unidas negam-se a estender o mesmo tratamento aos judeus expulsos de países árabes. Com a criação de Israel, quase um milhão de judeus foram expulsos de diversos países árabes em que moravam há milênios.
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