Votação aconteceu no aniversário de 80 anos da Conferência de Wannsee em que líderes nazistas arquitetaram o plano de aniquilação dos judeus da Europa.


Por Unidos com Israel

Tel Aviv, 23/01/2022

 

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou na última quinta-feira (20) uma resolução não vinculante que combate o movimento de negação do Holocausto. A resolução proposta por Israel foi elaborada com a ajuda da Alemanha e assinada por 114 dos 193 países membros das Nações Unidas.

O Irã se opôs à resolução.

Arquitetada pelo Embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilag Erdan, o texto da resolução “rejeita e condena sem reservas qualquer negação do Holocausto como acontecimento histórico, seja total ou parcialmente”. Assim, o documento ajuda a preservar a memória dos 6 milhões de judeus assassinados pelo regime nazista e torna-se uma ferramenta nas mãos daqueles que lutam por manter viva a história, para que ela nunca se repita.

“Amigos, apenas 54% da população mundial ouviu falar sobre o holocausto. Destes, um terço são cético e questionam os fatos”, disse o embaixador israelense apontando que a negação do holocausto “espalha-se com um câncer”.

Esta é a segunda vez na história das Nações Unidas que o órgão, usualmente hostil a Israel, adota uma resolução proposta por Jerusalém. Isso aconteceu apenas em 2005, quando a ONU estabeleceu o Dia Internacional da Memória do Holocausto, celebrado todos os anos no dia 27 de janeiro.

A resolução que condena e combate a negação do holocausto foi aprovada pela ONU em uma data simbólica, 20 de janeiro, dia em que há 80 anos aconteceu a Conferência de Wannsee.

Realizada em 20 de janeiro de 1942 em uma mansão que pertencia a Reinhard Heydrich, Diretor do Departamento Geral de Segurança do Reich, a Conferência de Wannsee reuniu altos funcionários do regime nazista para discutir como seria implementado o projeto de aniquilação dos judeus da Europa. A “Solução Final Para o Problema dos Judeus”, como é conhecido o projeto nazista de assassinato em massa de todo um povo, previa a morte de 11 milhões de pessoas.