Palestinos prometem “dia de fúria” contra plano de paz para o Oriente Médio

Autoridade Palestina diz que com o apoio de seu povo irá frustrar o plano de paz, assim como fez em dezenas de outras oportunidades.

Unidos com Israel

No último domingo (26), enquanto Benjamin Netanyahu e Benny Gantz, líder da oposição e do partido com maior número de cadeiras no parlamento israelense, viajavam para Washington onde se encontrariam com Donald Trump, a liderança palestina se uniu e prometeu um “dia de fúria” contra o Plano de Paz do Século para o Oriente Médio.

Através de uma nota, o gabinete de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, disse que: “O plano de paz do século não passará sem o consentimento do povo palestino. A liderança, com a ajuda do povo, frustrará as tentativas de por um fim questão palestina, assim com o fizemos outras dezenas de vezes”.

A Autoridade Palestina disse ainda que se reunirá a outros órgãos, instituições e países e demonstrará sua oposição a todo e qualquer privação a Jerusalém. “A liderança considerará todas as opções, entre elas o futuro da Autoridade Palestina. Qualquer decisão terá o apoio árabe e internacional. Nós advertimos sobre o futuro de toda a região se o que está sendo chamado de “Acordo do Século”, se tornar uma realidade e ferir a soberania e a identidade dos países da região”, diz a nota de Abu Mazen.

Todos nós sabemos e estamos cansados de ver o que os palestinos querem dizer quando usam a palavra “fúria”. Violência, esfaqueamentos, bombas, terrorismo. Este é o significado de um “dia de fúria” proposto pela liderança palestina.

Além do Fatah, partido que preside a Autoridade Palestina, a organização terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, também se pronunciou sobre o Acordo de Paz do Século para o Oriente Médio que está sendo arquitetado por Jared Kushner, genro do presidente americano Donald Trump.

Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas disse que a Palestina é sua terra natal e que se opõe veemente ao projeto de paz. “Estamos dispostos a nos reunir, no Egito, com nossos irmãos do Fatah e demais setores da sociedade palestina para decidirmos qual será nossa linha de ação. Nós defenderemos juntos o que para nós é sagrado”, disse Haniyeh que no momento está usufruindo do luxo do Qatar enquanto o povo palestino sofre em Gaza oprimido pela organização que ele comanda. “O Acordo de Paz do Século será um fracasso, a nação palestina vencerá e os ocupantes serão derrotados”, disse ele.

Desde o ano passado, a Autoridade Palestina e o Hamas vêm se opondo ao projeto de um Acordo de Paz para o Oriente Médio, que segundo a Casa Branca, será divulgado na tarde desta terça-feira. O medo de perder sua influência e a vontade de manter o povo palestino subjugado a seus interesses fez até mesmo com que as forças de segurança da Autoridade Palestina prendessem empresários que participaram no Bahrein, do Fórum Econômico Paz para a Prosperidade.

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