A pedido do próprio, o salário do Presidente do Estado de Israel também será reduzido em função da crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 22/09/2020

 

Um projeto proposto pelo Ministro da Fazenda de Israel, Israel Katz, propondo a redução dos salários de ministros e parlamentares foi aprovado por unanimidade esta semana em função da crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus. Agora, os salários destas autoridades, além de não serem reajustados automaticamente como prevê a legislação local, serão reduzidos em 10%.

O projeto de Israel Katz, aprovado pelo governo israelense, prevê ainda que os salários de ministros e parlamentares também não seja reajustado em 2021. Além disso, o ministro israelense foi instruído a estudar a possibilidade de redução dos salários de altos membros do funcionalismo público. Neste cenário, seriam reduzidos por exemplo os salários dos presidentes das estatais, de ministros da Suprema Corte e demais juízes do poder judiciário e até do Presidente do Estado de Israel.

President Reuven Rivlin

Presidente Reuven Rivlin. (Hadas Parush/Flash90)

Mas Reuven Rivlin, atual Presidente do Estado de Israel, não esperou nem a conclusão da reunião ministerial em questão para exigir que o seu próprio salário também fosse reduzido. Através de uma carta enviada ao Ministro da Fazenda, Rivlin pediu que seu salário também fosse reduzido em 10%.

Em maio deste ano, em seu primeiro ato como Ministro da Fazenda de Israel, Israel Katz, já havia reduzido seu próprio salário em 10%. “Nesta hora difícil, nós representantes do povo, devemos servir de exemplo”, escreveu Katz nas redes sociais à ocasião.

Outro, e o primeiro a pedir a redução do próprio salário em função da pandemia do coronavírus, desta vez em 20%, foi Naftali Bennett. À época, aquele que ocupava o cargo de Ministro da Defesa do governo de Benjamin Netanyahu teve seu requerimento negado porque isto não estava previsto na legislação. Não satisfeito, Bennett passou então a doar 20% do próprio salário para instituições de caridade.

Em um momento no qual Israel tem 836.664 desempregados, parte deles em regime de férias não remuneradas, segundo dados da Secretaria do Trabalho, atitudes como essa não são suficientes, mas são bem vindas.