Discurso de Jair Messias Bolsonaro surpreende e entristece Israel. O Presidente do Brasil disse na quinta-feira, 11 de abril, que “podemos perdoar, mas não esquecer” o Holocausto.
As palavras de Jair Bolsonaro pegaram de surpresa milhões de israelenses e judeus ao redor do mundo que a pouco viram o Presidente do Brasil visitar o Memorial do Holocausto em Jerusalém.
A infeliz frase do Presidente do Brasil foi dita na última quinta-feira em um encontro com pastores evangélicos no Rio de Janeiro. Na ocasião Bolsonaro disse: “Fui, mais uma vez, ao Museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer. E é minha essa frase: Quem esqueceu seu passado está condenado a não ter futuro. Se não queremos repetir a história que não foi boa, vamos evitar com ações e atos para que ela não se repita daquela forma.”
O Presidente do Brasil, que é considerado um grande apoiador e amigo de Israel e do Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, está errado. Não perdoaremos e não esqueceremos os crimes do Nazismo.
Não podemos perdoar ou esquecer o que foi feito a milhões de judeus no Holocausto. O nazismo e seu projeto que visava exterminar os judeus da face da terra, foi o ápice do antissemitismo. Seis milhões de judeus foram brutalmente assassinados, os poucos sobreviventes carregam as marcas da brutalidade Nazista em seus corpos e em suas mentes. Nenhum líder, historiador, rabino, ninguém, tem o direito de perdoar as atrocidades cometidas pelos nazistas e antissemitas durante a Segundo Guerra Mundial.
A frase “Lo nishkach, veló nislach.”, em português “Não perdoaremos e não esqueceremos.”, é o símbolo da luta do povo judeu contra aqueles que desejem apagar o holocausto de nossas memórias.
É nossa obrigação manter viva a lembrança daqueles que sofreram e que pereceram. Devemos mostrar ao mundo as atrocidades cometidas pelo Nazismo. O conceito de perdão neste triste episódio da história, não é subjetivo, não temos direito de perdoar.
Novamente, não perdoaremos e não esqueceremos.
לא נשכח ולא נסלח!
Shavua tov! Boa semana a todos!
David Aghiarian, Diretor Executivo de Unidos com Israel