A decisão tomada por Israel de reconhecer a soberania do Marrocos sobre o Saara Ocidental abriu uma nova página nas relações entre Jerusalém e Rabat.
Por Unidos com Israel
Jerusalém, 23/07/2023
O rei Mohammed VI do Marrocos enviou na semana passada uma carta ao Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convidando-o para uma histórica visita de Estado ao país muçulmano norte-africano.
De acordo com o Gabinete do Primeiro-ministro de Israel a carta foi escrita em tom cordial, estipulando que os devidos canais diplomáticos trabalhem em conjunto para a definição de uma data de comum a acordo para a viagem. Quando acontecer, esta será a primeira visita oficial de Benjamin Netanyahu a um país signatário dos Acordos de Abraão.
Ainda este ano, o Presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohammed Bin Zayed Al-Nahyan, também estendeu um convite a Jerusalém para que Netanyahu participe da COP-28 que acontecerá em Dubai no fim deste ano.
O convite do rei Mohammed VI foi feito a Benjamin Netanyahu logo após Israel reconhecer a soberania do Marrocos sobre o Saara Oriental. A região faz parte do Marrocos desde o fim da colonização espanhola em 1975, mas é contestada pelo grupo Frente Polisário que domina 20% da região.
Israel e o Marrocos tem uma longa história de cooperação, mas o país muçulmano cortou suas com Jerusalém no ano 2.000, em razão da Segunda Intifada. Os caminhos entre Jerusalém e Rabat voltaram a se encontrar em dezembro de 2020, quando o país norte-africano se tornou signatário dos Acordos de Abraão e assim como os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, normalizou sua relação com o Estado Judeu.
Esta semana, após voltar a ser internado e submetido a uma cirurgia no coração, o primeiro-ministro de Israel cancelou duas visitas de estado que faria à Turquia e ao Chipre.