“Devemos reconhecer a verdade histórica de que por mais de 3.000 anos a cidade de Jerusalém é, e para sempre será, o coração pulsante do povo judeu e sua capital”, disse o chanceler Gabi Ashkenazi.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 11/03/2021
Após reconhecer o Hezbollah como uma organização terrorista e condenar o movimento BDS e sua campanha antissemita, a República Tcheca inaugurou hoje sua embaixada em Jerusalém e assim, tornou-se o primeiro país europeu a reconhecer a cidade como a capital do Estado de Israel. Isto, 30 anos após estabelecer relações diplomáticas com o país, logo após o fim da União Soviética.
Além do Primeiro-ministro da República Tcheca, Andrej Babis, estiveram presentes na cerimônia de inauguração da embaixada o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gabi Ashkenazi, e o Ministro da Segurança Pública, Amir Ohana. Em seguida, Babis foi recebido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em sua residência oficial para uma reunião que contou também com a presença do premier da Hungria, Viktor Órban.
Andrej Babis, que guardou em seu bolso uma pequena parte da fita que fora cortada para simbolizar a inauguração da embaixada, disse que a República Tcheca cumpre suas promessas e que a partir de hoje a “cidade bíblica” de Jerusalém terá uma representação diplomática do país europeu. A promessa citada por Babis foi feita há aproximadamente dois anos pelo presidente tcheco Milos Zeman quando este inaugurou a Casa Tcheca, também na capital de Israel. Esta, é uma representação que fora criada com o objetivo de aproximar os dois países e criar laços culturais, acadêmicos e comerciais entre Jerusalém e Praga.
Apesar de abrir sua representação diplomática em Jerusalém, a República Tcheca irá manter funcionando as instalações de sua embaixada na cidade de Tel Aviv.
Chanceler do Estado de Israel, Gabi Ashkenazi disse que a abertura da embaixada tcheca em Jerusalém simboliza a incorporação de mais uma pedra às muralhas da cidade e a profunda amizade entre os povos e governos dos dois países.
Ashkenazi saudou ainda o presidente Milos Zeman por haver cumprido sua promessa e por liderar os esforços para que a União Europeia mude seu posicionamento sobre Jerusalém. Assim como se nega a reconhecer todos os braços do Hezbollah como uma organização terrorista, o bloco europeu rejeita a verdade e o reconhecimento de Jerusalém como a capital do Estado de Israel.
O chanceler israelense disse ainda que a República Tcheca está na linha de frente da batalha contra o antissemitismo e demonstrou isso ao ser um dos primeiros países a adotar a definição deste crime proposta pela Aliança Internacional para a Lembrança do Holocausto, IHRA na sigla em inglês.
“As mudanças no Oriente Médio devem ser fundamentadas na realidade e na verdade histórica de que por mais de 3.000 anos Jerusalém é, e para sempre será, o coração pulsante do povo judeu, sua sede e a capital do Estado de Israel desde sua fundação”, disse o ministro Gabi Ashkenazi.