Celebrando os 30 anos da relação entre Jerusalém e Praga, a República Tcheca irá abrir uma representação diplomática na capital do Estado de Israel.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 03/12/2020

 

Três meses após a queda da União Soviética, o primeiro Presidente da República Tcheca, Václav Ravel, estabeleceu relações diplomáticas com o Estado de Israel. Hoje, passados quase 30 anos, após reconhecer o Hezbollah como um grupo terrorista e condenar o movimento BDS e sua campanha antissemita, Praga anunciou que irá abrir uma representação diplomática na cidade de Jerusalém.

“Nós queremos continuar fortalecendo nossa relação” escreveu nas redes sociais o Ministro das Relações Exteriores da República Tcheca, Tomás Petricek, após conversar com seu colega israelense, Gabi Askenazi. Segundo ele, o número de cidadãos tchecos que visita Israel dobrou nos últimos quatro anos.

A nova representação diplomática da República Tcheca em Jerusalém, que será aberta durante o primeiro semestre de 2021, será uma extensão da embaixada do país em Tel Aviv. Isto porque Praga não está pronta para romper com a posição adotada pela União Europeia, o que faria se transferisse sua embaixada para a capital do Estado de Israel.

Em outubro deste ano, o Porta-voz da Presidência da República Tcheca, Jiří Ovčáček, disse a transferência da embaixada do país de Tel Aviv para Jerusalém, e o reconhecimento da cidade como a capital do Estado de Israel, é algo muito desejado pelo presidente Miloš Zeman.

“O presidente é paciente e aos poucos caminha em direção a realização daquilo que está tão próximo a seu coração”, disse o porta-voz de Miloš Zeman.

Além do novo escritório, a República Tcheca mantém um cônsul-honorário e uma Casa de Cultura em Jerusalém.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel celebrou a decisão da República Tcheca. Para o ministro Gabi Ashkenazi, trata-se de “um passo importante que comprova a amizade entre os dois povos e ratifica Jerusalém como a capital de Israel”.

“Jerusalém nunca deixará de ser nossa capital”, disse Gabi Ashkenazi.