Benjamin e Sara Netanyahu. (Noam Revkin Fenton/Flash90) Noam Revkin Fenton/Flash90)
Netanyahu election campaign

Benjamin Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel desde 2009, conquistou uma impressionante vitória nas Urnas. O “Likud”, partido do Premier israelense conseguiu 35 cadeiras, 5 a mais do que tinha na última formação do Parlamento de Israel, o Knesset. Até o momento foram apurados 97% dos votos.

Bloco de direita

A vitória de Benjamin Netanyahu e de seus naturais aliados é clara. A direita conseguiu eleger até o momento 65 parlamentares dos 120 que compõe o parlamento. Além do Likud, a direita de Israel será composta por 3 partidos religiosos e dois partidos laicos.

Shas” e “Yahadut HaTorá” com 8 cadeiras cada, representam ultra religiosos de origem árabe e europeia, respectivamente. A coligação “Ichud Miflagot HaYamin” (União dos Partidos de Direita) conquistou 5 cadeiras e representará os religiosos nacionalistas. Os três partidos já anunciaram apoio à Netanyahu para formar o governo.

Outro que também já disse que apoiará Netanyahu é Moshe Kachlon, atual Ministro da Fazenda. O Kulano, partido de Kachlon, conquistou 4 cadeiras nessas eleições.

Avigdor Lieberman, ex-Ministro da Defesa (AP Photo/Armando Franca)

A ala direitista conta ainda com “Israel Beitenu”, do ex-Ministro da defesa Avigdor Lieberman. A previsão é que Lieberman faça exigências relacionadas a área de segurança e assim dificulte a vida de Netanyahu nas negociações para formar o governo. Sem ele, até o momento, Netanyahu não tem maioria no parlamento.

O recém-formado Yemin Hachadash (Nova Direita), partido liderado pelo Ministro da Educação Naftali Bennett e pela Ministra da Justiça, Ayelet Shaked ainda tem chances de fortalecer a área direitista. Com 97% das urnas apuradas, o partido não superou a Cláusula de Impedimento e está fora do Knesset, mas esse cenário ainda pode mudar.

A expectativa é que os votos dos soldados beneficiem Bennett e Shaked, eles precisam apenas de mais 0,1% de votos válidos para superar a Cláusula de Barreira e assim conquistar 4 cadeiras no parlamento de Israel. Vale lembrar que nas eleições de 2013, apenas os votos dos soldados do IDF que são contabilizados posteriormente, garantiram uma cadeira extra ao antigo partido dos Ministros Bennett e Shaked que passou de 7 para 8 cadeiras.

Moshé Feiglin, líder do partido “Zehut” de ultradireita, obteve apenas 2.51% dos votos válidos e não conseguiu superar a Cláusula de Barreira. Seu partido defende como a legalização da maconha e a diminuição da participação do Estado em causas sociais. Feiglin era apontado pelas pesquisas como a surpresa das eleições podendo conquistar até 8 mandatos,  essa previsão não se concretizou.

Bloco de esquerda

A esquerda israelense perdeu muita força nessas eleições e o Tradicional partido socialista “Avodá” é considerado o grande perdedor na disputa.

Na última formação do Parlamento de Israel, uma coligação entre o Avodá e o Kadima ocupava 22 cadeiras no Knesset. Na formação atual, o Avodá conquistou apenas 8 cadeiras e integrantes do partido já pedem a saída de Avi Gabai da liderança do partido. Além disso, já se cogita uma aliança com o “Meretz”,  partido de extrema esquerda.

O “Kadima”, não ocupará uma cadeira se quer no Knesset, a líder do partido, Tzipi Livni, anunciou sua saída da política antes mesmo das eleições. Livni foi humilhada por Avi Gabai, líder do “Avodá” ao vivo e em rede nacional.  Em uma coletiva de imprensa aproximadamente 3 meses antes das eleições, Avi Gabai anunciou o fim da coligação antes mesmo discutir e avisar sua antiga aliada. Ela estava ao seu lado no momento do pronunciamento e ficou sem reação.

O “Meretz”, tradicional partido de extrema esquerda, liderado por Tamar Zandberg, conquistou apenas 4 cadeiras no parlamento. Com 3.64% dos votos válidos até o momento, o partido ficou pouco acima da Cláusula de Impedimento e garantiu por pouco, seu lugar no parlamento.

Centro-esquerda

Outro grupo que pode ser considerado vitorioso nessas eleições é a coligação “Kachol Lavan” (Azul e Branco) que conquistou surpreendentes 35 cadeiras no Knesset.

A coligação é formado pelo recém criado partido “Otzmá LeIsarael” (Resiliência de Israel) do General Benny Gantz,  pelo partido “Yesh Atid” (Há um Futuro) do jornalista Yair Lapid e pelo partido “Telem” (Movimento Estadista Nacional), liderado pelo ex-Ministro da Defesa Moshé Bugi Yaalon.

Em seu discurso após o resultado da boca de urna das eleições, o novato Benny Gantz agradeceu Neteniahu pelos anos de trabalho dedicados ao Estado de Israel. Gantz declarou vitória, disse que seria o Primeiro-ministro e que começaria imediatamente a formar o governo.

A realidade é que mesmo tendo conquistado impressionantes 35 cadeiras no Knesset, dificilmente a coligação conseguiria formar uma coalizão. Gantz tentou se apresentar como um líder de centro-direita para conquistar o eleitor israelense, mas a união com Yair Lapid frustrou os seus planos e o colocou à esquerda do cenário político.

Lapid é um dos grandes opositores de Netanyahu. Durante a campanha, além de atacar Netaniahu e seus casos de corrupção, Lapid obrigou Gantz a dizer que não fariam parte de um governo que tivesse Netanyahu como Primeiro-ministro.  O anúncio frustrou os planos daqueles que acreditavam em uma possível união entre Gantz e Netanyahu, o que seria uma coligação nacional unificada (Memshelet Ichud). Uma possível aliança entre os dois teria extrema força política com um total de 70 cadeiras no Knesset.

Partidos Árabes

Dois partidos árabes conquistaram até o momento 10 cadeiras no Knesset, mas esse número ainda pode mudar. Enquanto o partido “Chadash-Tal”, com 5,06% dos votos válidos, conquistou 6 cadeiras no Knesset, o partido “Raam-Balad” conquistou apenas 4 cadeiras.

Ainda existe a possibilidade de que a Cláusula de Barreira, que exige que os partidos tenham ao menos 3.25% dos votos válidos para se eleger, deixe de fora o partido árabe “Raam-Balad”.  A previsão é que os votos dos soldados, presos e votos em representações diplomáticas no exterior, fortaleçam a posição do partido de direita Yemin Hachadash, dos Ministros Naftali Bennet e Ayelet Shaked.

O resultado final das eleições só sairá amanhã, mas a vitória da direita já está garantida. Netaniahu, que está sendo investigado por corrupção, sai fortalecido em uma campanha eleitoral que é já é considerada uma das mais desleais da história de Israel.

Parece que o “Oy Guevalt!”, expressão em Ídiche (dialeto falado pela população judaica européia antes da Segunda Guerra Mundial) que em português “Oh meu Deus!” funcionou.  Todos os partidos usaram essa tática que consiste em implorar por votos e transformar uma campanha eleitoral em uma verdadeira batalha onde não existem aliados, apenas inimigos. Todos contra todos. Nós e não eles. Salve-se quem puder.

 

Por: David Aghiarian, Diretor Executivo de Unidos com Israel

 

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