Benjamin Netanyahu prometeu que se eleito Primeiro-ministro de Israel nas próximas eleições, anexará a região da Cisjordânia conhecida como Vale do Rio Jordão.
Unidos com Israel
Nesta terça-feira (10), o atual Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez uma promessa das mais dramáticas promessas de campanha dos últimos anos.
Em uma entrevista coletiva, Netanyahu disse que se eleito novamente para o cargo de Primeiro-ministro de Israel, enviará para o Knesset, o parlamento israelense, uma proposta de anexação de parte da Cisjordânia.
Benjamin Netanyahu disse que com o Plano de Paz do Século para o Oriente Médio, que será apresentado pelo governo americano despois das eleições em Israel, este é um momento tanto desafiador quanto favorável para Israel.
“Esta é uma oportunidade histórica, única, para instituirmos a soberania israelense a assentamentos judaicos na Cisjordânia e a outras regiões estrategicamente importantes para nossa segurança, para nossa história, e para nosso futuro”, disse Benjamin Netanyahu diante de jornalistas, políticos e ao vivo, através de sua página no Facebook.
Netanyahu disse ainda que pretende tomar a decisão de anexar parte da Cisjordânia ao território israelense “em completa sintonia com o governo dos Estados Unidos”. Isso, segundo ele, em respeito ao Presidente americano Donald Trump.
O Procurador Geral de Israel, Avichai Mandelblit, se pronunciou sobre a anexação de territórios. Segundo ele, um governo de transição como o atual, não pode tomar qualquer decisão sobre este tema, apenas um parlamento eleito poderá fazê-lo.
Netanyahu falou ainda de sua intenção de anexar, logo após as eleições, e se eleito, a região do Vale do Rio Jordão e a região ao norte do Mar Morto. Na fronteira com a Jordânia, este território é vital para a segurança do Estado de Israel. Na região existem aproximadamente 30 assentamentos judaicos.
O plano de anexaçao do Primeiro-ministro israelense não prevê a anexação de cidades e aldeias palestinas, como Jericó por exemplo. Segundo Netanyahu, os palestinos que vivem nesta região, terão áreas de livre circulação para se locomoveram para onde quiserem.
A liderança palestina criticou a proposta de Netanyahu e afirmou que a medida, caso seja tomada, prejudicará “qualquer chance de avanço no processo de paz entre Israel-Palestina”.