Antônio Guterres disse que ao redor do mundo jovens judeus estão deixando de usar a kipá, por medo do antissemitismo.


Por Unidos com Israel

Tel Aviv, 27/01/2022

 

O Secretário Geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, participou esta semana de um evento em celebração ao Dia Internacional em Memória as Vítimas do Holocausto realizado na sinagoga Park East, em Nova Iorque. Lá, Guterres condenou o antissemitismo, acusou o aumento de crimes e ataques contra judeus ao redor do mundo e pediu que a educação seja usada como ferramenta de combate ao ódio.

O Secretário Geral da ONU disse haver ficado assustado ao descobrir recentemente que 50% da população mundial nunca ouviu falar sobre o holocausto, genocídio em que 6 milhões de judeus foram assassinados pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo ele, o nível de instrução entre os jovens é ainda mais baixo.

“Nossa resposta à ignorância dever ser a educação”, disse ele ao convocar o mundo para investir na preservação da memória do holocausto e vítimas do nazismo.

“Os governos ao redor do mundo têm o dever de ensinar os jovens sobre os horrores do holocausto”, disse Guterres.

Durante a cerimônia, que aconteceu virtualmente em razão da pandemia do coronavírus, o Secretário Geral da ONU condenou ainda a crescente onda de antissemitismo e reconheceu que ao redor do mundo, judeus são alvo de crimes de ódio, intolerância, violência e sofrem com teorias conspiratórias.

Guterres disse ainda que em diversos cantos do planeta os judeus estão sendo obrigados a deixar de usar e vestir símbolos religiosos como a kipá, por medo de serem vítimas de crimes movidos pelo antissemitismo.

“Jovens judeus ao redor do mundo estão sendo instruídos a não usar uma kipá”, disse o Secretário Geral das Nações Unidas, acusando situação absurda em que vivemos.

Em 1 de novembro de 2005 a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou pela primeira vez em sua história uma resolução proposta por Israel (60/7) e estabeleceu o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto. A data escolhida, 27 de janeiro, é o aniversário de libertação do campo de extermínio nazista Aushwitz-Birkenau pelo Exército Vermelho em 1945.