Raisa é um dos 160 judeus ucranianos resgatados na semana passada pela ONG israelense United Hatzalah.
Por Unidos com Israel
Jerusalém, 10/03/2022
Na semana passada a ONG israelense United Hatzalah resgatou 160 judeus ucranianos, refugiados que escaparam dos horrores da guerra e conseguiram atravessar a fronteira entre o país invadido pela Rússia e a Moldávia. Eles foram trazidos a Israel, aonde chegaram na última quinta-feira (3).
A United Hatzalah é uma organização israelense sem fins lucrativos que presta serviços médicos de emergência em Israel e diversas outras partes do mundo, através de seus parceiros e voluntários.
Com o início da guerra, a United Hatzalah foi uma das primeiras organizações israelenses a enviar uma equipe de médicos à fronteira entre a Ucrânia e a Moldávia. Lá, os voluntários da organização montaram um verdadeiro hospital de campanha e atendem a todos aqueles que precisam de cuidados médicos. Algumas vezes, arriscando suas próprias vidas e cruzando a fronteira para o país em guerra.
Alguns dos judeus ucranianos que chegaram a Israel como parte do voo humanitário organizado pela United Hatzalah já tinham cidadania israelense. Outros, receberam status de refugiados e se tornarão imigrantes em Israel, protegidos pela “Lei do Retorno”.
A “Lei do Retorno” garante a todos os judeus do mundo, seus cônjuges e descendentes, o direito à cidadania israelense.
A história de uma das judias resgatadas comoveu Israel. Trata-se de Raisa, uma sobrevivente do Holocausto de 90 anos que se reuniu com suas três netas, últimos membros vivos de sua família.
Com dificuldades de se locomover, Raisa vivia sozinha na cidade ucraniana de Odessa desde que seu único filho morreu há quase dois anos, quando sucumbiu a uma doença.
Quando a guerra entre a Rússia e a Ucrânia irrompeu Raisa decidiu que havia chegado o momento de imigrar para Israel. Suas netas entraram então em contato com os voluntários da United Hatzalah e pediram ajuda para salvar a vida de sua avó.
Comovido, o Diretor da United Hatzalah, rabino Hillel Cohen, organizou o resgate de Raisa. Ela foi levada em uma ambulância desde sua casa na cidade de Odessa até a fronteira entre a Ucrânia e a Moldávia. De lá, a sobrevivente do holocausto foi levada para a cidade de Chisinau, onde permaneceu em um abrigo para refugiados montado pela comunidade judaica local.
Em Chisinau, Raisa recebeu comida, roupas e passou por exames médicos, que constaram a sua capacidade física de enfrentar a jornada até o encontro de suas netas, em Israel.
Junto a outros refugiados ucranianos Raisa fez então a jornada de Chisinau a Bucareste, capital da Romênia, e de lá, embarcou em um voo com destino a Tel Aviv.
“Quando o avião aterrissou em Israel, houve muitas lágrimas”, disse o vice-Presidente de Operações da United Hatzalah, Dov Maisel, que acompanhou o grupo de refugiados.
“Eu já vi muitos locais de desastre e não me emociono com facilidade, mas ver Raisa reunindo-se com suas netas fez com que lágrimas escorressem dos meus olhos”, disse Maisel.