“As Forças de Defesa de Israel nos deram a chance de exceder e demonstrar o nosso melhor. Meus comandantes me ensinaram acima de tudo, autoconfiança”, disse um dos soldados graduados.
Por Pessach Benson, TPS
Versão em português, UWI
Uma cerimônia realizada recentemente marcou a graduação de 11 homens e mulheres com necessidades especiais como verdadeiros soldados das Forças de Defesa de Israel, IDF na sigla em inglês. Após a tradicional “Marcha das Boinas”, os soldados receberam o tradicional símbolo com a cor da unidade em que servirão.
Todos os soldados graduados fazem parte de um programa de inclusão social do IDF chamado de “Special in Uniform”, “Especial Fardado” em português. Após concluírem seus estudos na Escola Moriah, na cidade de Ashkelon, eles uniram-se às fileiras do IDF mesmo gozando do direito de dispensa do serviço militar obrigatório por serem portadores por exemplo, de Síndrome de Down, Autismo, Paralisia Cerebral e mais.
Durante um período de treinamento adaptado à sua realidade, os mais novos soldados do IDF graduaram-se e servirão como todo e qualquer cidadão. Ao fim do seu serviço militar, eles terão como qualquer outra pessoa o orgulho de dizer que cumpriram seu dever cívico de contribuir com a defesa e segurança do Estado de Israel.
A cerimônia de graduação da grande maioria dos soldados do IDF acontece ao fim de uma marcha de cerca de 30km. Conhecido como a “Marcha da Boina”, o desafio quando completado tem como recompensa o recebimento de uma boina militar. Após uma marcha de poucos quilômetros apenas, e por serviram na Unidade de Defesa Civil das Forças de Defesa de Israel os soldados do programa “Especiais Fardados” receberam boinas na cor laranja.
“A possibilidade de me voluntariar para servir nas Forças de Defesa de Israel mudou a minha vida e àquela dos meus amigos. Somos todos guerreiros e encontramos nossa maneira de contribuir com nosso Estado através de nossas habilidades. Aprendemos que ao contribuirmos recebemos algo em retorno. O IDF nos deu chance de exceder e demonstrar o nosso melhor. Meus comandantes me ensinaram acima de tudo, autoconfiança”, disse o soldado Snir Jamil de 19 anos.
O programa “Especiais Fardados” tem hoje cerca de 1.000 militares servindo nas fileiras das três forças armadas de Israel.
Um dos comandantes dos “Especiais Fardados” o tenente-coronel Kobi Malcha disse que o para os participantes o programa vai além de uma escola destinada a pessoas com necessidades especiais. Isto, por eles terem de sair de suas salas de aula, lidar diariamente com soldados de diversas esferas da sociedade, obedecer a ordens e desempenhar suas funções militares.
“A mágica acontece quando eles vestem o uniforme como qualquer outro cidadão. Você pode enxergar o crescimento instantaneamente”, disse o comandante.
As escolas israelenses para pessoas com necessidades especiais continuam até que os alunos completem 21 anos. Como parte do programa “Especiais Fardados” alguns dias na semana ao se apresentar nas escolas os jovens são levados em ônibus para suas bases. Lá, eles fazem sua saudação à bandeira para iniciar o dia, tomam café da manhã e dão início às suas atividades. Estas, podem ser desempenhadas no setor de logística ou burocrático.
“Cada um contribui da maneira que pode”, disse o tenente-coronel Kobi Malcha.
Após concluírem seu serviço militar os integrantes do programa “Especiais Fardados” são acompanhados de perto por profissionais e recebem auxílio para conseguir empregos. O programa é aberto a todos os membros da sociedade israelense e tem em suas fileiras soldados judeus, cristãos, muçulmanos, beduínos e drusos.