Autoridades em Jerusalém saudaram o anúncio do Ministério das Relações Exteriores do Sudão sobre um provável acordo de paz com Israel.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 17/08/2020
O Sudão, uma país africano de maioria muçulmana e que faz fronteira com a Arábia Saudita, Egito e a Etiópia, pode tornar-se um dos próximos países da Liga Árabe a assinar um tratado de paz com Israel.
Na tarde desta terça-feira (18), em uma entrevista para a rede de notícias Sky News Arabia, o Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Sudão disse que espera ansiosamente que um tratado de paz seja firmado entre Cartum e Jerusalém.
“Não há motivos para continuarmos a relação hostil entre o Sudão e Israel. Nós não negamos a existência de conversas sobre a paz”, disse Ayder Bedoin Sadek, Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Cartum.
O diplomata sudanês disse ainda, que o tratado de paz entre Israel e os Emirados Árabes, anunciado na última quinta-feira (13), abriu caminho para que mais nações árabes sigam este exemplo.
Através das redes sociais, o Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu comemorou o anúncio do Ministério das Relações Exteriores do Sudão. “Toda a região seria beneficiada por um tratado de paz” escreveu o premier israelense.
“Israel, o Sudão e toda a região seria beneficiada por um tratado de paz. Juntos, podemos construir um futuro melhor para todos os povos da região. Faremos o necessário para transformar este sonho em realidade”, escreveu Benjamin Netanyahu.
Para Gabi Askenazi, Ministro das Relações Exteriores do Estado de Israel, o anúncio do governo do Sudão representa uma metamorfose nas relações entre os países do Oriente Médio. Isto, 53 após a Resolução de Cartum, quando o Sudão e outros países da Liga Árabe se opuseram à paz com Israel. Divulgada no dia 1 de setembro de 1967, a Resolução de Cartum ficou famosa por conter em seu parágrafo terceiro, a política dos três nãos. Não à paz , ao reconhecimento e as negociações com o Estado de Israel.
“Eu saúdo qualquer passo que nos leve a normalização das relações e à paz”, disse o Ministro das Relações Exteriores de Israel.