De acordo com o Centro Sismológico Euro-Mediterrâneo o epicentro do terremoto foi no mar próximo a Nicósia, capital do Chipre.


Por Unidos com Israel

Tel Aviv, 11/02/2021

 

Um terremoto de magnitude 6,6 na Escala Richter que atingiu o Mar Mediterrâneo foi sentido na manhã desta terça-feira em grande parte do território israelense. De acordo com o Centro Sismológico Euro-Mediterrâneo, o epicentro do tremor sísmico foi a 130km de Nicósia, capital do Chipre.

A Polícia de Israel informou que recebeu mais de 100 ligações de cidadãos em pânico que buscavam mais informações sobre como proceder. Imediatamente, logo após o tremor, a Defesa Civil de Israel emitiu uma nota tranquilizando a população e eliminando a possibilidade de que um tsunami ou fortes ondas atingiriam a costa israelense.

O terremoto desta terça-feira, também foi sentido no Líbano e na Turquia.

Israel está localizado em uma região caracterizada pelo encontro de algumas placas tectónicas. Entre elas, a Africana, Arábica, Anatólica e Euroasiática. Os movimentos sísmicos e choques entre elas são comuns, assim como os terremotos causados por este efeito da natureza.

A localização geográfica de Israel faz com que os terremotos sejam uma das grandes preocupações das autoridades locais. A legislação por exemplo, exige que prédios, casas e edifícios sejam construídos para suportar abalos sísmicos.

Um estudo publicado em novembro do ano passado por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv na revista Science Advances prevê que um terremoto de grandes proporções atingirá Israel nos próximos anos. Isto, a partir de informações coletadas pelos cientistas no Mar Morto.

“Os registros geológicos não mentem e um grande terremoto em Israel pode acontecer a qualquer momento”, disse o professor Shmuel Marco, da Universidade de Tel Aviv. Ele explicou também que historicamente, terremotos acontecem em Israel, em média, a cada 130 a 150 anos.

O último terremoto de grandes proporções sentido em Israel foi registrado em 1927 no Vale do Mar Morto. Na ocasião, houve centenas de feridos tanto em Israel como na Jordânia.

O pesquisador da Universidade de Tel Aviv disse ainda que seu objetivo não é criar pânico, mas alertar a população e principalmente as autoridades, para os perigos de um abalo sísmico de grandes proporções.