Beneficiado por uma troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas, Salah Hammouri foi solto em 2011 e voltou a ser preso este ano por envolvimento com o grupo terrorista Frente Popular para a Libertação da Palestina.


Por Unidos com Israel

Jerusalém, 18/12/2022

 

A Ministra do Interior de Israel, Ayelet Shaked, anunciou que decidiu pela revogação da residência e expulsão do terrorista franco-palestino Salah Hammouri. Neste domingo (18), ele foi deportado para a França e recebido com festa no aeroporto internacional Charles de Gaulle, em Paris.

“Após minha decisão de revogar a residência do terrorista Salah Hamouri, determinei sua imediata expulsão de Israel. Hoje pela manhã, este longo processo foi concluído e ele deportado para a França”, disse Shaked.

 

Quem é Salah Hammouri?

 

Filho de um palestino e de uma mulher francesa, Salah Hammouri nasceu em Jerusalém Oriental em 1985. Ele é portador de cidadania francesa e detinha um visto de residência permanente em Israel.

Enquanto jovem, Salah Hammouri foi preso algumas vezes por envolvimento com a Frente para Popular para a Libertação da Palestina, um grupo designado como terrorista não só por Israel, mas também pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Em março de 2005, aos 20 anos, Salah Hammouri foi preso e acusado de envolvimento no planejamento de um atentado contra o então ex-Grão-rabino Sefaradita de Israel, Ovadia Yossef. Na ocasião, ele assinou uma delação premiada junto a promotoria israelense e foi sentenciado a 7 anos de prisão.

Em 2011, mesmo sem haver cumprido toda a sua pena, o terrorista Salah Hammouri foi solto ao ser beneficiado por uma troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas. Naquele ano, o então primeiro-ministro Benjamin Netanyahu concordou em libertar 1.027 terroristas em troca do soldado israelense Gilad Shalid. Este havia sido sequestrado pelo grupo terrorista Hamas em junho de 2006.

Após deixar a prisão o terrorista Salah Hammouri formou-se em direito e passou a atuar como advogado da ONG palestina Addammeer. Esta foi criminalizada por Israel no ano passado por segundo Jerusalém, atuar como fachada para a ações da Frente Popular para a Libertação da Palestina.

Em 2019, Samer Arbid, um outro ex-funcionário da ONG palestina Addameer, foi preso pelo assassinato da jovem israelense Rina Schnerb. Samer Arbid era contador da Addammeer e ao deixar a ONG foi substituído por sua mulher.

Em maio deste ano Salah Hammouri teve sua prisão administrativa decretada. De acordo com as autoridades israelenses, novamente por envolvimento com o grupo terrorista Frente Popular para a Libertação da Palestina. Ele não chegou a ser indiciado, mas sua deportação já havia sido decretada pela ministra do interior Ayelet Shaked que aguardava apenas uma decisão judicia transitada em julgado’ favorável a deportação.

“Este processo foi longo e demorado, mas é uma grande conquista que consegui obter antes de entregar o meu cargo. Usei as ferramentas à minha disposição para alavancar a luta contra o terrorismo. Espero que o próximo governo continue a atuar desta forma”, disse Shaked.

“Salah Hammouri é um terrorista ativo na Frente Popular para a Libertação da Palestina. Ele arquitetou diversos atentados, entre eles aquele à vida do Grão-rabino Ovadia Yossef”, disse a Ministra do Interior de Israel.