A Turquia de Recep Tayyip Erdogan e o regime dos aiatolás iranianos condenaram o acordo de paz firmado entre o Estado de Israel e o Reino do Bahrein.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 13/09/2020
Em uma nota divulgada na última sexta-feira (11), pelo Ministério das Relações Exteriores da Turquia, o regime turco de Recep Tayyip Erdogan condenou o acordo de paz firmado entre o Estado de Israel e o Reino do Bahrein. Anunciado na última sexta-feira (11), e mediado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o acordo prevê a plena normalização das relações diplomáticas entre as duas nações.
“Nós condenamos veementemente e expressamos nossa preocupação para com a decisão do Reino do Bahrein de semelhar-se aos Emirados Árabes Unidos e estabelecer relações diplomáticas com Israel”, diz a nota do Ministério das Relações Exteriores da Turquia. Vale ressaltar que este é o órgão responsável pelas relações diplomáticas de um país que desde 1949 reconhece o Estado de Israel e que no ano seguinte, abriu sua primeira representação diplomática no país. Na ocasião, o chefe da missão turca para em Tel Aviv, Seyfullah Esin, entregou suas credenciais a Chaim Weizman, primeiro Presidente do Estado de Israel.
Ainda de acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Erdogan, a decisão do Bahrein é contrária aos seus deveres referentes a iniciativa de paz árabe. Um princípio estabelecido em 2002 por países membros da Liga Árabe que dita as regras para que seja estabelecida a paz com o Estado de Israel.
Em uma nota expedida no sábado, o Ministério das Relações Exteriores do regime dos aiatolás iranianos também se opôs à paz entre Jerusalém e Manama.
“O Ministério da Relações Exteriores da República Islâmica do Irã condena veementemente o anúncio de normalização das relações entre o Bahrein e o regime sionista”, diz a nota que classifica a iniciativa de paz como “vergonhosa e desprezível”.
Ainda segundo o Irã, a partir de agora, “os governantes do Bahrein serão cúmplices dos crimes cometidos pelo regime sionista (Israel)”.
Assim como a Turquia e o Irã, o grupo terrorista Hamas e a Autoridade Palestina também condenaram esta nova iniciativa de paz no Oriente Médio.