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Veja quais foram as medidas tomadas pelo governo israelense para tentar frear a proliferação do coronavírus (COVID19).

Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Com 529 casos do novo COVID19 confirmados pelo Ministério da Saúde até a manhã desta quarta-feira (18), Israel entrou definitivamente em estado de alerta para tentar frear a proliferação do coronavírus. Veja a seguir, quais são as medidas tomadas pelo governo israelense para tentar controlar a doença e evitar, assim como acontece na Itália, a falência do sistema de saúde.

 

Voos internacionais

De acordo com as medidas adotadas pelo governo de Israel, todos aqueles que chegarem ao país vindos do exterior deverão cumprir um período de isolamento e quarentena residencial de 14 dias.

Nesta quarta-feira (18), o governo israelense proibiu a entrada de estrangeiros no país. A medida não se aplica a estrangeiros que residem em Israel.

Devido as restrições impostas por Israel e outras dezenas de países ao setor de aviação, várias companhias aéreas cancelaram os voos que chegam e saem dos aeroportos internacionais de Tel Aviv e Eilat. O aeroporto Bem Gurion, o principal do país, fechou o terminal 1 e todos os voos foram desviados para o terminal 3.

Nesta terça-feira (17), o Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que irá resgatar 1000 cidadãos israelenses que ficaram presos no Peru depois que o pais sul-americano fechou as fronteiras. Israelenses foram retirados pelas autoridades também dos Estados Unidos e outros lugares do mundo a medida que a cada dia, mais e mais países fecham suas fronteiras.

 

Viagens ao exterior

Apesar de não proibir totalmente viagens ao exterior, o governo de Israel por intermédio do Ministério das Relações Internacionais adverte e veementemente desaconselha os israelenses a viajarem ao exterior.

Médicos, enfermeiros e os demais profissionais da saúde foram proibidos de deixar o país.

O Ministro do Interior, Ariye Deri, determinou o fechamento das fronteiras terrestres de Israel com a Jordânia e o Egito nesta quarta-feira (18).

 

Quarentena

Todos aqueles que chegarem ao país vindos do exterior deverão respeitar um período de isolamento residencial e quarentena de 14 dias. Além disso, todas aquelas pessoas que tiveram contato ou estiveram no mesmo lugar e no mesmo horário que um dos 203 casos de coronavírus confirmados deverão entrar imediatamente em quarentena.

A todo momento, o Ministério da Saúde divulga a rota da doença COVID19 em Israel e os lugares por onde passaram os doentes infectados pelo coronavírus no últimos 14 dias (período de incubação do coronavírus).  Para saber a rota do coronavírus e Israel clique aqui.

Em casos de necessidade de quarentena, deve-se informar as autoridades de saúde através do número de telefone *5400 ou através do site do Ministério da Saúde. Para notificar ao Ministério da Saúde que você está em quarentena clique aqui.

 

Escolas, creches e universidades

Desde a última sexta-feira (13), as aulas foram canceladas em praticamente todas as escolas de Israel. No mesmo dia, o governo israelense suspendeu as aulas em universidades e demais instituições de Ensino Superior. Colégios e internatos para jovens com necessidades especiais e em situação de perigo continuam abertos, ao menos parcialmente.

Na noite deste sábado (14), o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou também o fechamento de creches e jardins de infância.

Em um momento em que mais de 4 milhões de crianças e jovens estão em suas casas, o governo israelense busca e estuda uma alternativa para os filhos de profissionais considerados vitais ao funcionamento do Estado.

 

Transporte público

O governo israelense decidiu nesta terça-feira (17) que irá controlar o transporte público para diminuir a circulação de pessoas. Seguindo esta linha, o Ministério dos Transportes de Israel divulgou que a partir desta quarta-feira e por tempo indeterminado, os serviços de transportes públicos funcionarão apenas até as 20h. Além disso, não haverá transporte público nos finais de semana que em Israel começam na quinta-feira a noite e vão até o sábado a noite.

O Ministério dos Transportes de Israel anunciou também a suspensão por tempo indeterminado de 200 linhas de ônibus.

 

Fechamento parcial do comércio

A partir da manhã desta terça-feira (17), e por determinação do governo israelense, o país passa a funcionar em sistema de emergência. Órgãos públicos e até empresas privadas foram instruídos a reduzir o número de funcionários em 70%, Além disso, deve-se respeitar as regras de 10 pessoas por ambiente e de 2 metros de distância entre os funcionários.

Restaurantes, cafés, bares, academias de ginástica, cinemas, teatros, casas de show, shoppings centers e demais atividades comerciais voltadas ao entretenimento foram fechados.

Estabelecimentos do setor alimentício poderão continuar operando com o sistema de entregas ou “take away” (“para levar” ou “para viagem”).  Lojas de rua e empresas podem continuar funcionando, mas as autoridades pediram que, na medida do possível, os empregadores permitam que seus funcionários trabalhem de casa.

Supermercados, padarias, farmácias e bancos continuam funcionando normalmente e o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e demais autoridades pediram que os israelenses não entrem em pânico e corram para as lojas.

Assim como Netanyahu já havia afirmado, na manhã deste domingo, através de uma live no Facebook, o Ministro da Defesa Naftali Bennet, responsável pelo abastecimento do Estado de Israel em momentos de crise, disse que o país tem estoque de mantimentos capaz de atender a população por meses a fio. Bennet disse também que o abastecimento de mercadorias e o setor agrícola israelense não foram afetados e que não faltarão produtos nas gôndolas.

 

Parques, praias e atividades de lazer ao ar livre

O Ministério da Saúde de Israel pede que os cidadãos israelenses saiam de suas casas apenas quando extremamente necessário, para comprar mantimentos, ir ao médico etc. Mesmo nesses casos, devemos evitar aglomerações. Assim, nesta terça-feira, após notar que os israelenses aproveitaram as “férias” para ir a parques e praias, as autoridades proibiram estas atividades.

O comunicado do Ministério da Saúde de Israel, por hora, permite que os israelenses saiam às ruas mas pede que se evite aglomerações e que se respeite a distância de pelo menos 2 metros entre as pessoas.

 

Exército de Defesa de Israel

O Exército de Defesa de Israel entrou de vez na guerra contra o coronavírus. Até agora, foram convocados 4500 soldados da reserva e hotéis de luxo, que serão geridos pelos IDF, foram transformados em centros de reabilitação e receberão pacientes que contraíram o COVID19.

 

Congelamento de preços

O governo israelense congelou os preços do álcool gel e determinou que ele não seja vendido por um valor maior a 9.99 shekels por 100ml. Algumas das redes de distribuição se comprometeram, diante do Ministério das Finanças, a não venderem a embalagem de 500ml de álcool gel por mais de 19.99 shekalim.

 

Aglomeração de no máximo 10 pessoas em espaços públicos

De acordo com as novas normas estabelecidas para conter a propagação do coronavírus e frear a cadeia de transmissão do COVID19, o governo israelense limitou a aglomeração em espaços públicos para 10 pessoas.

Empresas, apesar de não estarem sujeitas a esta regra, estão sendo aconselhadas a aumentarem o espaço entre os seus funcionários de modo que exista ao menos 2 metros entre cada um deles. Além disso, como já dito, os empregadores estão sendo instruídos pelas autoridades a deixarem que seus funcionários trabalhem de suas casas quando isto for possível.

A proibição de aglomeração não se estende aos hospitais, forças armadas, órgãos de segurança e demais órgão vitais ao funcionamento do Estado de Israel.

 

Regra dos 2 metros

Para tentar frear a propagação do coronavírus, o Ministério da Saúde de Israel criou a regra dos dois metros. Esta nova regra, estimula os cidadãos israelenses a manterem uma distância de dois metros uns dos outros.

 

Serviços religiosos

Todos os serviços religiosos devem respeitar o limite de aglomeração de até 10 pessoas e a regra de espaçamento de ao menos 2 metros. Mikvaot, os banhos rituais religiosos para os homens, foram instruídos a permanecerem fechados.