Vereador Adilson Amadei (DEM-SP). Foto: Caption/ YouTube Vereador Adilson Amadei (DEM-SP). Foto: Caption/ YouTube

A ofensa ao vereador Daniel Annenberg, que pode ser considerada um crime de racismo e antissemitismo, foi feita durante sessão da Câmara Municipal de São Paulo.

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O antissemitismo chegou definitivamente ao Brasil, à São Paulo e até mesmo à Câmara Municipal da maior cidade do país.

Na semana passada, durante uma sessão plenária da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Adilson Amadeu (DEM) agrediu verbalmente seu colega, o vereador Daniel Annenberg (PSDB) chamando-o de “judeu filho da puta”. Daniel é irmão da apresentadora Sandra Annenberg da TV Globo.

A agressão aconteceu durante sessão plenária da Câmara que votava se um projeto de lei proposta pelo vereador Adilson Amadeu entraria na pauta da casa. A proposta, a PL 419/2018, propõe a regularização da frota de carros dos aplicativos Uber e 99 Táxi na cidade de São Paulo. Desde 2015, Amadeu tenta proibir a circulação desses veículos na capital paulista.

Annenberg e outros vereadores votaram contra a inclusão do projeto de lei na pauta da Câmara Municipal de São Paulo, e ao fazê-lo foi agredido por Adilson Amadeu.

A agressão racista e antissemita proferida por Adílson Amadeu contra o colega Daniel Annenberg, pode ser caracterizada como um crime de injuria racial de acordo com o artigo 140 do Código Penal brasileiro. A pena para este crime, em caso de condenação, é de prisão de um a três anos e multa.

Em suas redes sociais, Daniel Annenberg chamou o dia em que foi agredido de “um triste dia para a nossa política”.

Em nota, frente a repercussão do caso, o vereador Adilson Amadeu pediu desculpas à comunidade judaica e disse que “em nenhum momento houve um ataque à cultura ou tradições judaicas.”

A Federação Israelita do Estado de São Paulo repudiou o ataque antissemita do vereador Adilson Amadeu ao se colega e disse que o mesmo deve responder criminalmente pelo ato.