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Israel e o Líbano anunciaram nesta terça-feira (11) haver chegado a um acordo classificado como histórico sobre suas fronteiras marítimas. Veja a seguir 7 coisas que você precisa saber sobre o acordo.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Jerusalém, 12/10/2022
Política e ideologia:
Por motivos políticos e ideológicos o Líbano não reconhece o Estado de Israel e por isso não haverá um acordo físico firmado entre os líderes dos dois países. Foi necessária ainda a mediação dos Estados Unidos para contornar a oposição do grupo terrorista Hezbollah ao diálogo e às negociações com Jerusalém. Aliado do Irã e financiando pelo regime dos aiatolás o Hezbollah é um dos principais agentes políticos do Líbano e prega a completa destruição de Israel.
Diplomacia:
Mediado pelos Estados Unidos, o acordo entre Israel e o Líbano é vinculativo, delimita as fronteiras marítimas entre os dois países e regulamenta a exploração de recursos naturais. Tudo isso, através da diplomacia e não do conflito, apesar da resistência do grupo terrorista Hezbollah que se opõe tanto a existência de Israel propriamente dita, quanto a simples existência de um diálogo entre Beirute e Jerusalém.
Território:
Israel mais uma vez abriu mão da área em disputa. Desta vez em troca da prosperidade econômica do Líbano e da promessa de que o acordo enfraqueça a posição do grupo terrorista Hezbollah e por sua vez do Irã.
Segurança:
O acordo transforma o Estado de Israel em um lugar mais seguro e afasta a iminência de um conflito direto com o grupo terrorista Hezbollah.
Estabilidade:
O acordo permite que Beirute explore as reservas de gás natural do Mar Mediterrâneo e se torne menos dependente do petróleo iraniano. Isto, pode atenuar o poder de influência de Teerã e do Hezbollah, trazendo mais estabilidade para o Oriente Médio.
Economia:
Regulamentando a exploração de gás natural na bacia de Kana, no Mediterrâneo, o acordo é capaz de fortalecer a economia libanesa em meio a uma das piores crises de sua história. A economia israelense também colherá frutos da exploração de gás, na forma de royalties, que serão pagos a Jerusalém pela empresa francesa Total Energies. Esta, é atualmente a detentora dos direitos de exploração de gás na bacia de Kana.
Janela de oportunidade:
Apesar de não ser um tratado de paz entre Israel e o Líbano, o acordo abre uma janela de oportunidade entre dois inimigos, estabelecendo um canal entre Beirute e Jerusalém.
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