Após mais de um ano de crise política e três eleições, Benjamin Netanyahu e Benny Gantz concordaram em formar um “governo de emergência” sob a sombra do coronavírus.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
No início da noite desta segunda-feira (20), o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu opositor, Benny Gantz chegaram a um acordo para a formação de uma coalizão e um governo. O documento intitulado “Acordo de coalizão para a formação de um governo de emergência e união nacional”, foi assinado na residência oficial do Premier israelense em Jerusalém, a capital do Estado de Israel.
Sem uma coalizão e um governo eleito desde 26/12/2018, quando o parlamento foi dissolvido, Israel vinha sendo governada por uma administração de transição. Nela, Benjamin Netanyahu ocupa o cargo de Primeiro-ministro interino.
Foram necessárias três eleições e uma crise de saúde pública internacional para que Netanyahu e Gantz chegassem a um acordo. Ambos, eram adversários e são líderes dos dois maiores partidos eleitos para o Knesset, o parlamento israelense.
Segundo os termos do acordo firmado entre o Likud, partido de Netanyahu, e o partido Azul e Branco, de Benny Gantz, o atual Primeiro-ministro continuará no cargo por 18 meses. Durante este período, Gantz será o Premier israelense substituto e Ministro da Defesa. Após os primeiros 18 meses ao fim, as funções serão invertidas e Netanyahu deverá ocupar o cargo de Ministro das Relações Exteriores de Israel durante o governo de Benny Gantz. Isto, se até lá Netanyahu não for condenado pela justiça israelense. O atual Primeiro-ministro responde a três processos de corrupção.
De acordo com o acordo firmado, este será o governo com o maior número de ministérios da história de Israel, 32 no total. Além do Likud e do Azul e Branco, farão parte do governo também os partidos do bloco direitista liderado por Netanyahu e o partido de esquerda Avodá.
Yariv Levin, aliado de Netanyahu será o Presidente do Knesset e Gabi Ashkenazi, aliado de Gantz, ocupará o cargo de Ministro das Relações Exteriores.
Além de enfrentar o coronavírus, o novo governo terá pela frente a missão de enfrentar uma das maiores crises econômicas da história do Estado de Israel. Graças as medidas adotadas por Benjamin Netanyahu para frear a proliferação do coronavírus, a taxa de desemprego em Israel saltou de 3% para 26%.
Neste domingo, o governo israelense afrouxou as medidas de isolamento impostas a população.