Foto: Israel Defense Forces Foto: Israel Defense Forces

Por todo o mundo, as celebrações de Yom Hazikaron começam hoje ao anoitecer e se estendem por todo o dia de amanhã, até o pôr do sol. 


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 23/04/2023

 

Hoje à noite em Israel marcaremos o Yom Hazikaron, ou Dia da Memória em português, em celebração aos soldados caídos das Forças de Defesa de Israel, IDF na sigla em inglês. Neste dia, celebramos também a memória de todas as vítimas do terrorismo.  Este é um dia solene, de luto e homenagens àqueles que deram suas vidas para que hoje possamos estar aqui.

“Ao morrerem nos obrigaram a continuar vivendo”, é uma frase famosa usada para ilustrar o Yom Hazikaron.

O Yom Hazikaron não é celebrado apenas em Israel mas em todo o mundo por embaixadas e representações diplomáticas israelenses, além de instituições e comunidades judaicas.  Pelos quatro cantos do planeta, judeus marcarão esta data com cerimônias e atos em memória dos heróis do IDF e vítimas do terrorismo, que tiveram suas vidas ceifadas pelo ódio.

 

Início das celebrações em Israel

 

Hoje à noite Israel irá parar. Até o anoitecer, tudo estará fechado e o comércio, bares, restaurantes e demais atrações e instituições só reabrirão amanhã pela manhã.

Precisamente às 20h desta terça-feira, dia 4 do mês de Yiar no calendário judaico, uma sirene soará por todo o território israelense. Este é o sinal de que se inicia o Yom Hazikaron. No momento em que soar a sirene todos pararão o que estiverem fazendo, onde quer que estejam e ficarão de pé, em silêncio, por um minuto, em respeito aos que caíram.

Imediatamente após a sirene, iniciar-se-á uma cerimônia no Muro das Lamentações em Jerusalém. Nela, estarão presentes o presidente Reuven Rivlin, o Chefe do Estado-maior das Forças de Defesa de Israel, General Aviv Kochavi, representantes de todas as forças armadas e familiares daqueles que perderam suas vidas. No muro das lamentações e por todo o país, tochas serão acesas e guardadas por 24h, em sinal de respeito, luto e devoção.

Amanhã às 11 horas da manhã, outra sirene soará e desta vez dois minutos de silêncio serão dedicado aos heróis de Israel. Esta segunda sirene, tradicionalmente, marca o início das cerimônias em escolas e cemitérios e bases militares de todo o país.

Após esta segunda sirene terá início a principal cerimônia do Yom Hazikaron. Ela se dará no Memorial Har Hertzl em Jerusalém, um cemitério militar onde estão também sepultados Theodor Herzl e os grandes líderes da nação israelense como Primeiros-ministros e Presidentes. O cemitério Har Hertzl é por exemplo a última morada de nomes como, Golda Meir, Chaim Herzog, Shimon Peres, Levi Eshkol e Yitzchak Rabin.

O Yom Hazikaron não é uma tradição judaica, mas um feriado nacional que homenageia não apenas aqueles soldados judeus que deram suas vidas pelo Estado de Israel, como também os cristãos, muçulmanos, beduínos, drusos e mais. Devemos nossas vidas a todos aqueles que de alguma forma defenderam o Estado de Israel ou que perderam suas vidas para o terrorismo.

Ao pôr do sol de amanhã, uma cerimônia que também acontecerá no Memorial Har Hertzl marcará o fim do Yom Hazikaron e o início de Yom Hatzmaut, o Dia da Independência de Israel. Este ano, Israel completa 73 anos.

A legislação israelense determina que Yom Hatzmaut começa no exato momento em que termina Yom Hazikaron. Uma data está ligada a outra. Isto porque, não podemos celebrar a existência do Estado de Israel sem antes homenagear aqueles que por ele deram suas vidas.

“Todo o povo de Israel se coloca ao seu lado”, disse uma vez o ex-Presidente do Estado de Israel, Reuven Rivlin, em um encontro com familiares de soldados caídos. Esta é a principal mensagem do Yom Hazikaron, para sempre lembraremos do sacrifício daqueles que perderam suas vidas, choramos juntos às suas famílias e assim permaneceremos, lado a lado. Isto, por não termons outra opção, outro país. Temos apenas um lar ancestral.

“Am Israel Chai”, “o povo de Israel vive” em português, e com ele todos aqueles que por esta terra, pátria, nação e povo deram suas vidas.