Ilustração: Caças F35 Adir da Força Aérea de Israel (Foto: IDF) Ilustração: Caças F35 Adir da Força Aérea de Israel (Foto: IDF)

Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, disse que o país está “lutando dia e noite contra as forças do mal”.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 07/12/2021

 

Damasco responsabilizou Israel pelo bombardeio que atingiu o porto de Latakia na madrugada desta terça-feira (7). Localizado no oeste da Síria o porto de Latakia é o mais importante do país sendo utilizado tanto pelo regime de Bashar Al Assad, quanto pelo Irã, Hezbollah e até a Rússia.

“Por volta da 1:23 (horário local), o exército israelense realizou um ataque aéreo com vários mísseis lançados contra o depósito de contêineres do porto comercial de Latakia”, afirmou uma fonte militar citada pela agência de comunicação síria SANA.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), ONG baseada em Londres e detentora de amplo conhecimento acerca da guerra civil que há 10 anos castiga a Síria, um carregamento iraniano de armas armazenadas em contêineres teria sido o alvo dos caças israelenses.

A OSDH informou ainda que o bombardeio israelense provocou um incêndio no porto de Latakia que foi controlado pelos bombeiros. Ninguém ficou ferido na ação.

Israel, como de costume, não confirmou ou assumiu a autoria pelo bombardeio ao carregamento de armas do Irã. Questionado nesta terça-feira em Jerusalém o primeiro-ministro Naftali Bennett disse apenas que o país está “lutando dia e noite contra as forças do mal”.

“Nós estamos lutando dia e noite contra as forças do mal na nossa região. Não vamos parar por um segundo sequer. Esta luta é diária”, disse Bennett.

Há anos Israel atua na Síria contra alvos ligados ao Exército da Revolução Islâmica do Irã, milícias ligadas a Teerã e grupos terroristas como o Hezbollah. Em meio à insegurança e vácuo deixado pela guerra civil síria estas forças tentam estabelecer-se próximo à fronteira com Israel. Isto, com o intuito de usar a região como mais uma frente de ataque no caso de um conflito.

Além de impedir que grupos terroristas ligados a Teerã criem raízes próximo à sua fronteira, as forças israelenses trabalham intensamente para frustrar o envio de carregamentos de armas ao Hezbollah. Mísseis de precisão desenvolvidos pelo Irã são uma das principais preocupações.