Criança judia perde os pais em tiroteio em Highland Park, nos Estados Unidos (Screenhot/Youtube) Criança judia perde os pais em tiroteio em Highland Park, nos Estados Unidos (Screenhot/Youtube)

Aos 2 anos de idade, Aiden McCarthy foi encontrado ensanguentado e sozinho após tiroteio em massa na cidade de Highland Park, em Illinois, nos Estados Unidos.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Jerusalém, 06/07/2022

 

Com apenas dois anos de idade, Aiden McCarthy talvez ainda não saiba ou entenda, mas o Dia da Independência dos Estados Unidos terá um significado diferente em sua vida, daquele conhecido por seus amigos e colegas. Enquanto para a sociedade americana o feriado nacional do dia 4 de julho representa liberdade e o nascimento da mais importante das democracias, para Aiden o feriado terá sempre um gosto amargo, de luto e saudade dos pais com os quais não teve a oportunidade de conviver.

Aiden ainda não compreende, mas seus pais, Kevin (37) e Irina McCarthy (35), foram assassinados nesta segunda-feira durante as celebrações do Dia da Independência dos Estados Unidos. Ela, uma judia, e seu marido, haviam levado o pequeno Aiden para a parada de 4 de julho que transcorria na pequena cidade de Highland Park, no estado de Illinois, que tem Chicago como sua capital. O local, é lar de uma grande comunidade judaica.

Tudo ia bem até que por volta das 10h15 (horário local), um tiroteio em massa começou e dezenas de pessoas foram baleadas pelo atirador identificado como Robert (Bobby) E. Crimo, um jovem assassino em massa de apenas 21 anos. Ele ainda fugiu da cena do massacre, sendo preso mais tarde pelas autoridades americanas.

Ao todo, Robert Crimo matou 7 pessoas e responde por seus homicídios. Outras dezenas de pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave.

Após o tiroteio uma mulher, Irina Colon, encontrou Aiden sozinho pelas ruas e divulgou sua foto pelas redes sociais na esperança de encontrar seus pais. Mas já era tarde, Kevin e Irina McCarthy haviam sido assassinados e seu filho, de apenas dois anos, foi entregue aos cuidados de seus avós maternos.

Irina Colon contou que Aiden estava coberto de sangue quando ela o encontrou. Segundo a mídia local, seu pai, Kevin, havia se deitado sobre ele para protegê-lo das balas.

Greg Ring, que ajudou Irina quando a viu segurando Aiden, disse que o menino estava dizendo “mamãe e papai” quando ele os encontrou. Greg então levou Aiden para a casa dos pais de sua esposa e a família ficou com ele por aproximadamente três horas, assistindo desenhos animados, até que um detetive conseguiu descobrir o paradeiro dos avós da criança.

No dia seguinte ao tiroteio, emocionada, Irina Colon criou uma campanha para arrecadar fundos para a criação de Aiden através da plataforma GoFunMe. Tudo, com autorização dos avós da criança.

“Ele terá uma longa jornada a frente e precisará de tempo para se recuperar”, disse ela.

Até o momento da publicação deste artigo, mais de 2 milhões de dólares já haviam sido doados para a criação e educação do pequeno Aiden, mais uma vítima do ódio.

 

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