No dia do jejum judaico de 9 de Av o Presidente de Israel defendeu a reconciliação da sociedade israelense em meio à crise de confiança entre os que apoiam o governo de Benjamin Netanyahu e aqueles que o combatem.


Por Unidos com Israel

Jerusalém, 27/07/2023

 

O Presidente do Estado de Israel, Isaac Herzog, reuniu nesta quinta-feira (27), em sua residência oficial na cidade de Jerusalém, representantes de diversos grupos da sociedade israelense para falar sobre reconciliação e união. O encontro aconteceu em pleno jejum de 9 de Av e como parte de um programa lançado a cerca de um mês batizado de “Mude suas palavras, mude o mundo”.

Em meio à crise política que vem dividindo a sociedade israelense e levando às ruas do país manifestantes que defendem e criticam a reforma judicial proposta pelo governo de Benjamin Netanyahu o presidente israelense vem se esforçando para colocar um fim à discórdia. Isto, através da mediação de um acordo entre o governo e a oposição.

“Em pleno jejum de 9 de Av nos sentamos juntos, dezenas de israelenses representantes de todas as opiniões que vem rasgando a sociedade. Apoiadores e opositores da reforma, manifestantes de todas as esferas políticas. Falamos e ouvimos, debatemos, revelamos nossas dores, preocupações e medos. Estamos em busca de esperança, de uma maneira de sairmos juntos da crise e de formas de reparar a ruptura”, disse Herzog.

Tendo chegado ao cargo de Presidente do Estado de Israel após anos representando a esquerda no parlamento israelense, ou Knesset, Herzog disse que ao contrário do que dizem aqueles que se opõe ao governo de Benjamin Netanyahu a democracia israelense está firme e forte. Segundo ele, há muita desinformação sobre o atual cenário político. Esta, vem sendo provocada pela ansiedade e pelos ânimos à flor da pele da sociedade.

“Digo com absoluta certeza: a democracia não foi cancelada em Israel. Ela está viva e forte”, disse o presidente israelense.

Herzog fez um apelo para que nenhuma das alas políticas tome decisões que chamou de “irreversíveis”, condenou a violência nas manifestações de ambas as partes e disse que todos têm de entender que precisamos continuar vivendo juntos por muitos e muitos anos.

“Não é fácil. Talvez este seja um momento de definição, uma oportunidade para todos nós, para pensarmos juntos sobre como influenciar as futuras gerações”, disse ele.